quinta-feira, 24 de fevereiro de 2022

"Diva do baby doll", Paulinha Abelha levantou bandeira LGBT no forró

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Ao longo de mais de duas décadas de carreira, a vocalista Paulinha Abelha construiu forte relação com o público LGBTQIA+. Essa ligação tinha até hino, a música "Baby Doll", sucesso dos anos 2000 que seguia no repertório da banda Calcinha Preta. A cantora, que morreu nesta quarta-feira, 23, em decorrência de problemas renais, chegou a prestar homenagem à diversidade do seu público no último DVD lançado pelo grupo, uma coletânea celebrativa dos 25 anos do Calcinha Preta. Paulinha usou figurino com as cores do arco-íris e bradou: "Abaixo o preconceito".

 

“Eu sou a cantora de forró que mais defende a bandeira gay, porque a Joelma é do Calypso, né?”, brincou a artista em entrevista ao Gay Blog BR. Em lives realizadas pela banda ao longo da pandemia de Covid-19, a intérprete reforçou essa aproximação: "É o público que me abraça, me acolhe".

 

A cantora estava internada de o dia 11 de fevereiro, por causa de problemas renais. Entretanto, em uma semana, ela entrou em coma após uma piora. Com a situação, Paulinha Abelha foi diagnosticada com uma bactéria no cérebro.

 

As informações foram confirmadas pela assessoria de imprensa do Hospital Primavera e publicadas nas redes sociais da banda Calcinha Preta.

 

"O Hospital Primavera comunica, com pesar, que a cantora, Paula de Menezes Nascimento Leca Viana, Paulinha Abelha, faleceu hoje às 19h26 em decorrência de um quadro de comprometimento multissistêmico", escreveu em nota.

 

"Nas últimas 24 horas apresentou importante agravamento de lesões neurológicas, constatadas em ressonância magnética, e associada a coma profundo. Foi então iniciado protocolo diagnóstico de morte encefálica, que confirmou hipótese após exames clínicos e complementar específicos", continuou.

 

Conheça Paulinha Abelha

Paulinha Abelha é o nome artístico de Paula de Menezes Nascimento Leça Viana. Nascida em Simão Dias, Sergipe, a artista iniciou sua carreira aos 12 anos, cantando em trios elétricos nas cidades do interior de seu estado natal. 

 

A primeira banda que participou foi formada por ela mesma. O grupo chamado "Flor de Mel" acabou sendo descontinuado por falta de recursos financeiros. A cantora permaneceu no projeto por três anos. Em seguinda, ela ingressou na banda "Panela de Barro", onde também permaneceu por três anos.

 

No fim da década de 90, Paulinha foi descoberta por Gilton Andrade, empresário e diretor da banda Calcinha Preta. Com isso, a cantora passou a ingressar o grupo e ganhar destaque como uma das principais vozes da banda, onde permaneceu por 12 anos. Durante esse período, ela participou da gravação de 22 álbuns e 3 DVD.

 

No início de 2010, Paulinha entrou para a banda GDO do Forró, mas não permaneceu por muito tempo. Meses depois, ela saiu do grupo para dar início a um novo projeto com seu então marido Marlus Viana, também ex-integrante do Calcinha Preta. Mas em 2014 o casal anunciou o retorno para a banda.

 

Em 2016, Paulinha saiu novamente do Calcinha Preta para criar o trio Gigantes do Brasil, com Silvânia Aquino e Daniel Diau. Mas o grupo não permaneceu por muito tempo e no mesmo ano foi anunciado seu fim. Com isso, as duas cantoras criaram o projeto Silvânia & Paulinha.

 

Em 2018, a dupla desistiu do projeto e retornou a Calcinha Preta, onde Paulinha permaneceu até os dias atuais. Ao longo de sua carreira, a cantora ficou conhecida por grandes sucessos como  "Louca Por Ti", "Baby Doll", "Vou Te Dominar", "Armadilha", "24 horas de Amor", "Abra o Meu Coração", "Ainda Te Amo", "Tutti-Frutti", entre outras.


O POVO

 

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