A madrugada desta sexta-feira, 19,
foi marcada por um fenômeno astronômico: um eclipse lunar parcial, que
escondeu 97% do satélite natural. O evento é o mais longo do século e foi visto
a olho nu na Austrália, nas Américas do Norte e do Sul e em parte da Ásia e
Europa.
Segundo a agência espacial
americana Nasa, foi o eclipse lunar parcial mais longo em 580 anos. O
fenômeno durou 3 horas, 28 minutos e 23 segundos.
A previsão da Nasa é de que um
eclipse lunar parcial tão longo só aconteceu em 18 de fevereiro de 1440 (3
horas, 28 minutos e 46 segundos) e acontecerá novamente em 8 de fevereiro de
2669 (3 horas, 30 minutos e 2 segundos). Mas um eclipse total é esperado em
menos de um ano, em 8 de novembro de 2022, com duração de 3 horas e 40 minutos.
Por que ocorrem os eclipses?
Os eclipses lunares
ocorrem quando a Lua, o Sol e a Terra se alinham, bloqueando os raios solares
que costumam chegar à superfície do satélite natural do planeta. Isso gera uma
sombra (chamada umbra)que encobre a Lua. Existem três tipos de eclipses, em
ordem crescente de "desaparecimento" da lua: penumbral, parcial e
total.
Por que tão longo?
A Nasa explica que este é
um longo eclipse por duas razões principais: 1) a velocidade orbital da Lua e
2) a quase totalidade do eclipse.
A órbita da Lua em
torno da Terra não é um círculo perfeito e a Terra está fora do centro dentro
da órbita, então às vezes a Lua está mais perto da Terra e às vezes está mais
longe. Esta mudança na distância afeta a velocidade orbital da Lua. Mais perto
da Terra, a Lua se move mais rápido; e quanto mais longe, ela viaja mais
devagar. Hoje a Lua está perto de seu ponto mais distante em sua órbita ao
redor da Terra e, portanto, se move lentamente através da sombra da Terra.
Em segundo lugar, uma vez
que este eclipse é quase total, a Lua passa mais tempo na umbra da Terra do que
em um eclipse "mais parcial".
O POVO