O
Tribunal Superior Eleitoral vai usar as eleições municipais de novembro para
testar mecanismos que, no futuro, poderão permitir votações pela internet, a
partir do telefone celular, sem sair de casa. O novo sistema não vai valer para
a disputa deste ano, mas é mais uma tentativa da Corte eleitoral para ampliar a
participação de eleitores no processo de escolha de seus representantes. O
objetivo é também encontrar formas de reduzir custos do processo eleitoral, a
exemplo de experiências de outros países.
Um
chamamento a empresas interessadas em apresentar modelos virtuais que poderiam
vir a ser utilizados foi publicado nesta segunda-feira, 21. A ideia do TSE é
distribuir estandes com sistemas experimentais, na votação de 15 de novembro,
nas cidades de Curitiba (PR), Valparaíso de Goiás (GO) e São Paulo (SP).
As
companhias que se habilitarem poderão montar uma estrutura dentro de locais de
votação, em espaços abertos e com ampla circulação. Os eleitores dessas cidades
estariam livres para experimentar os sistemas a partir dos próprios
smartphones. Os testes não guardarão qualquer relação com as escolhas oficiais
de prefeitos e vereadores que acontecerão neste ano.
As
demonstrações terão candidatos e partidos fictícios e não haverá
compartilhamento de dados eleitorais com as empresas que se oferecerem para
apresentar suas tecnologias.
A
partir da experiência nas eleições de novembro, o TSE pretende debater
estratégias para eventuais mudanças no sistema brasileiro de votações. Na Corte
eleitoral há um grupo de trabalho que se dedica a estudar novas tecnologias
para modernizar o processo. Conforme o tribunal informou nesta segunda (21/9),
porém, não é possível dizer se ou quando um novo tipo de procedimento será
implementado.
No
TSE, as estratégias para inovar com sistemas de participação passam
obrigatoriamente pela preservação de três critérios: segurança, sigilo e
eficiência. As urnas eletrônicas historicamente cumprem esses requisitos de
forma satisfatória. No entanto, as máquinas demandam custos elevados de
manutenção, substituição e de logística, por conta dos envios aos rincões do
Brasil.
A VOZ DE SANTA QUITÉRIA