O
Ministério Público Eleitoral acende o sinal de alerta após a realização das
convenções partidárias nos municípios cearenses, onde se verificou muitas
irregularidades no que se refere as medidas sanitárias de combate à Covid-19.
Há poucos dias do início da campanha propriamente dita, na qual os candidatos
dedicam-se de maneira mais intensiva na busca por garantir o voto do
eleitorado, os órgãos eleitorais ficam atentos para que haja o respeito às
exigências da saúde.
No
Alerta Geral (Expresso FM 104.3 + Agora FM 107.9 + Redes Sociais + 24
emissoras no interior do Estado) desta sexta-feira (18), os
jornalistas Luzenor de Oliveira e Beto Almeida repercutiram o assunto em seu
diálogo dentro do Bate-Papo político. Aglomerações que marcaram os últimos dias
das convenções partidárias se apresentaram como um vislumbre daquilo que deve
ocorrer nas eleições, em proporções ainda maiores, caso não haja maior rigor do
MP.
Beto
Almeida destaca que o Ministério Público vai investigar o descumprimento das
regras nas convenções em Juazeiro do Norte dos partidos PTB, PSB e PSDB. “É bom
que o faça, mas que não se restrinja apenas a essas três convenções no
município de Juazeiro do Norte, porque na realidade houve aglomeração em
praticamente todos os municípios […]no geral onde houve mais de uma candidatura
a tendência foi isso”, disse Beto.
O
jornalista ainda pontua que o Ministério Público tem que dar uma resposta
enérgica, forte e decisiva. “Se deixar passar o que ocorreu na fase de convenção,
pra mim é um indicativo mais do que claro de que o Ministério Público Eleitoral
pode perder a mão, perder a autoridade e simplesmente não conseguir coibir as
aglomerações durante a fase de campanha[…]eu acho um grande desafio realizar
uma campanha eleitoral sem que haja o contato físico. As convenções foram um
indicativo claro de que o Ministério Público não conseguiu de forma preventiva
atuar pra impedir isso”, afirma Beto.
Luzenor
de Oliveira salienta que o assédio e a movimentação vai ser inevitável, pois os
candidatos não irão se limitar as redes sociais. “Eles irão sim as ruas, irão
bater a porta, irão chamar os eleitores pra uma conversa olho no olho, ao pé do
ouvido e também de forma mais transparente pra falar mais abertamente a esses
eleitores quais são as propostas, quais são os projetos. É uma realidade com a
qual nós nos deparamos nesta campanha eleitoral”, diz Luzenor.
“Talvez
o que precisa ter seja o bom senso de cada um, organizador de um evento, do
prefeito, de um candidato a prefeito, vice prefeito, vereador[…]claro na emoção
o bom senso não aparece e quem não vai pelo bom senso ou pelas regras, no caso
respeitando o decreto estadual, acaba por receber a advertência do Ministério
Público e provavelmente multas pelos órgãos de fiscalização”, finaliza Luzenor.
Ceará Agora