Uma
auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU) apontou que cerca de 6 milhões
de pessoas podem estar recebendo sem ter direito o auxílio emergencial de R$
600 pago pelo governo em razão da crise do coronavírus.
Segundo
o ministro Bruno Dantas, relator do processo, isso representa cerca de 10% de
todas as pessoas que se beneficiaram da primeira parcela do auxílio.
Segundo
o TCU, o pagamento a essas 6 milhões de pessoas pode representar uma despesa
indevida da ordem de R$ 3,6 bilhões por mês (se consideradas somente as cotas
individuais de R$ 600) ou R$ 5 bilhões por mês (se considerado o valor médio do
benefício em abril, de R$ 840,57).
A
mesma auditoria identificou ainda que mais de 3 milhões de brasileiros podem
ter sido excluídos do benefício, segundo a área técnica do tribunal, esse é o
número de brasileiros que não têm acesso à internet ou que não sabem ler.
Em
seu voto, o ministro Bruno Dantas afirma que a exclusão de pessoas que tem
direito e não estão recebendo o auxílio emergencial pode ser mais grave que o
pagamento indevido. No processo, o ministro recomenda que o Ministério da
Cidadania use a rede do Sistema Único de Assistência Social (Suas) para
alcançar brasileiros que não têm acesso à internet ou que têm dificuldade de
leitura.
A VOZ DE SANTA QUITÉRIA