Além
de funcionários da Petrobras e grandes empreiteiros, 250 parlamentares teriam
sido citados pelos delatores da Operação Lava Jato, da Polícia Federal. O
número foi divulgado pelo colunista Felipe Patury. Com o avanço das
investigações e a divulgação de trechos dos depoimentos de Paulo Roberto Costa
e Alberto Youssef, a expectativa é que a lista vá se tornando conhecida.
Ontem, reportagem do jornal O Estado de S. Paulo apontou o
líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), como receptor de R$ 1 milhão do
esquema. O senador rebate a acusação: "totalmente fantasiosa". Ao
comentarem a Lava Jato, cientistas políticos avaliam que o Congresso viverá uma
fase de grande fragilidade e terá sua credibilidade abalada, segundo o
colunista Ilimar Franco.
O juiz Sérgio Moro, responsável pelas investigações,
ressaltou na sexta-feira 21, em despacho que determinou a prisão preventiva do
lobista Fernando Baiano, que não é possível partidarizar os envolvidos na Lava
Jato, pois ainda não são conhecidos o alcance a duração do esquema. "Aqui
não se faz crítica partidária, pois se desconhece ainda o alcance e a duração
da prática criminosa", disse ele.
A tese da oposição de vincular o escândalo ao PT já não tem
eficácia. Dois depoentes – o ex-gerente da Petrobras Pedro Barusco e Fernando
Baiano – de admitiram que suas práticas criminosas vinham desde a era FHC.
Barusco explicou aos investigadores por que conseguiu acumular uma fortuna tão
expressiva – ele prometeu devolver US$ 100 milhões aos cofres públicos:
desviava dinheiro da estatal desde 1996, segundo ano do primeiro mandato do
ex-presidente tucano.
Fonte:
Brasil
247.