Consórcio
formado pelas empresas superfaturou R$ 38,3 milhões da obra, constatou TCU.
As
empresas Construtora Marquise, Construtora Galvão Engenharia, Construtora
Queiroz Galvão e Via Engenharia, que compõem o consórcio Acauã, estão
envolvidas em fraudes em trechos das obras complementares à Transposição do Rio
São Francisco. O consorcio é responsável por dois dos três lotes da obra e
ganhou R$ 690 milhões para executá-los.
Uma auditoria do Tribunal de
Contas da União (TCU) constatou superfaturamento de R$ 27 milhões no segundo
lote, o que equivale a 8,5% do orçamento desse trecho e de R$ 11,3 milhões no
terceiro, correspondentes a 6% do valor do lote.
As empresas também estão sendo
investigadas pela Polícia Federal, na Operação Lava-Jato, e são acusadas de
integrar o cartel que, de acordo com a PF, participou do esquema de corrupção
na Petrobras.
Nesta semana, o TCU julgou
processo que apontou um superfaturamento total de R$ 42 milhões, equivalentes a
4,7% do valor total da construção de um canal de 112,5 quilômetros, cruzando 13
cidades na Paraíba, projeto cujo orçamento atinge o montante de R$ 895 milhões.
As obras foram financiadas com
recursos federais do Ministério da Integração Nacional – comandado pelo
cearense Francisco Teixeira – e administrados pelo governo da Paraíba.
O primeiro lote da obra ficou
sob responsabilidade das empresas Carioca Christiani-Nielsen Engenharia, a S/A
Paulista de Construções e Comércio e a Serveng-Civilsan, que apresentaram uma
proposta de R$ 203 milhões e, segundo o TCU, superfaturaram R$ 4 milhões, o que
equivale a 1,2% do orçamento do trecho.
Providências
O TCU informou ao governo
da Paraíba e ao Ministério da Integração Nacional a identificação de
improbidades e deu ao governo do Estado um prazo de 15 dias para adoção de
medidas saneadoras de sobrepreços, sugerindo, inclusive, a revisão dos
contratos e aditivos já firmados. O tribunal também solicitou o envio da
decisão às construtoras responsáveis pelas obras.
Fonte: Ceará News 7.