Na quarta, Eike vendeu 1,54% do
capital da empresa. Na quinta, o presidente da Bolsa disse que resultado do
'grupo X' frustrou.
Os
papéis da OGX, petroleira do grupo EBX, de Eike Batista, fecharam em queda de 40%, para seu menor valor
histórico, nesta sexta-feira (30) na Bovespa.
Os papéis encerraram o dia cotados a R$ 0,30 e 18.934 ações
foram negociadas. O preço máximo do papel foi alcançado em 15 de outubro de
2010, quando as ações valiam R$ 23,27, segundo a Economatica.
A queda maior ocorreu no leilão de fechamento, que ocorre com
todas as ações, perto dos cinco minutos finais do pregão, para definir o preço
final dos papéis.
Como a OGX deve sair da carteira do MSCI Global Standard
Indices na segunda-feira, fundos com posição indexada ao índice aproveitaram
para desovar o papel, contribuindo para a sua queda acentuada, afirmaram
operadores.
O Ibovespa fechou com avanço de 0,17%, a
50.008 pontos, e perdeu força no fim com a influência negativa dos papéis da
OGX.
Venda
de participação
Na quarta, Eike Batista se desfez de 49,8 milhões de ações da
OGX, ou 1,54% do
capital da empresa, e pretende realizar vendas adicionais pontuais da companhia
em montante total superior a 5%.
A OGX informou que Eike pretende manter inalterada sua
posição de acionista controlador, com participação acima de 50,01%, segundo
comunicado da empresa emitido nesta quinta-feira (29).
Na quinta, o presidente da Bovespa, Edemir Pinto, admitiu ter
ficado frustrado com os resultados das "empresas X",
de Eike Batista, mas negou que o desempenho das empresas tenha “manchado” a
imagem da instituição no exterior.
“Não acredito que manchou, não tenho ouvido isso de
investidores estrangeiros. Isso acontece em projetos pré-operacionais, acontece
em todo o mundo. Na verdade, a gente também se frustrou. O Eike, dada a
condição de empreendedorismo que ele tem, a gente fica frustrado", disse.
Fonte:
G1
Economia.