Alguns presidentes de legendas partidárias preferem não aceitar filiados com mandato
Com a aproximação do prazo para encerramento da janela partidária, no próximo dia 5 de abril, a pressão para a escolha de partido aumenta cada vez mais. Em Juazeiro do Norte, Crato e Barbalha, os presidentes das câmaras municipais se articulam para alcançar os objetivos, que passam pela reeleição em cargos legislativos, até uma possível chegada ao cargo de prefeito da cidade, como é o caso do presidente da Câmara do Crato, Florisval Coriolano (PRTB). Todos os cenários exigem que os políticos estejam posicionados em grupos políticos estratégicos.
Com filiação recente ao MDB, o presidente do Legislativo de Juazeiro do Norte, Capitão Vieira Neto, diz que o grupo é bom e espera que o partido dê condições para a sua reeleição. Capitão afirma que, a princípio, não pretende migrar de sigla, e destaca que o MDB Juazeiro tem nomes fortes e bons articuladores, a exemplo do pré-candidato a prefeito, Davi Macedo, e o deputado federal Yury do Paredão.
No município do Crato, o líder da Casa Legislativa, Florisval Coriolano, atualmente está no PRTB, mas não descarta a ideia de mudar de sigla. As legendas que possivelmente podem acomodar o pré-candidato são o AVANTE e o AGIR. Florisval mantém a pré-candidatura à prefeitura do Crato até junho, prazo estipulado pelo PT para a indicação de um nome para concorre às eleições para o
Executivo municipal.
Presidente da Câmara Municipal de Barbalha, Odair Matos é filiado ao PT. O parlamentar é apoiador da reeleição da chapa governista, composta pelo atual prefeito Guilherme Saraiva e pelo vice Vevé Siqueira. De acordo com Odair, sua permanência no Partido dos Trabalhadores é certa. Atualmente, as grandes movimentações que antecedem o encerramento da janela partidária são as acomodações de novos e velhos aliados nos grupos da base, além da discussão em torno da formação da chapa de vereadores por meio da federação, PT, PCdoB e PV.
Filiações e dificuldades
Este ano, os partidos que compõem federações (nova modalidade de união entre partidos para defender candidaturas), podem representar uma dificuldade a mais na hora da escolha do grupo político, tanto para os vereadores, como para os novos nomes, porque o número de cadeiras no Legislativo será dividido entre os partidos federados, a maior sigla do município receberá a melhor oferta de vagas.
Outro obstáculo encontrado, principalmente por políticos com mandato, são as negociações com as siglas. Muitos presidentes de legendas partidárias preferem não aceitar filiados com mandato, por gerar divergências com os outros componentes, geralmente uma figura com mandato tende a puxar todos os votos da sigla.
Fonte: Jornal do Cariri.