O PDT no Ceará viveu uma incendiária sexta-feira, 6, com reviravoltas e mais tensões para aumentar a crise interna. O senador Cid Gomes (PDT) e o deputado federal André Figueiredo (PDT) escrevem mais um capítulo da queda de braço para obter o comando do partido.
No início da manhã, o grupo de Cid fez uma convocação, publicada na edição impressa do O POVO, na página 24, de reunião para 16 de outubro. O objetivo seria eleger uma nova executiva estadual e substituir André da presidência.
Porém, poucas horas depois, o colunista Carlos Mazza noticiou que o PDT Nacional instituiu uma comissão provisória de 12 membros, aliados de Figueiredo, para assumir temporariamente a sigla no Ceará e inviabilizando a convocação feita por Cid.
A mudança foi feita na noite da quinta-feira, 5, quando se completou quatro anos da eleição do diretório que estava em vigor. Com isso, os 84 membros do diretório foram considerados “inativos”.
Cid Gomes respondeu notificando extrajudicialmente Manoel Dias, secretário da Executiva Nacional do PDT, para que sejam esclarecidas com urgência as razões que levaram à alteração nos sistemas da Justiça Eleitoral.
As solicitações também pedem apresentação de cópia integral de qualquer documento que tenha fundamentado a ação pedindo a correção urgente das informações junto à Justiça Eleitoral.
"Duro golpe", "ditatorial e tirano": manifestações de parlamentares
Membros do PDT me manifestaram acusando o partido de ter se tornado “ditatorial e tirano”, como dito nas palavras do deputado estadual Romeu Aldigueri (PDT).
“O nome é Partido Democrático Trabalhista. Mas é Democrático? É Democrático ou autocrático, um partido cuja ampla maioria precisa obedecer ao dono?É democrática a atitude de usar a senha de um Partido e inativar um diretório de 84 membros? Para mim essa atitude tem outros nomes: AUTORITARISMO. DESPOTISMO. PERSEGUIÇÃO. DISCRIMINAÇÃO”, disse nas suas redes sociais.
Evandro Leitão, presidente da Assembleia, disse que "O PDT sofre mais um duro golpe no Ceará", e que alguém agiu de forma "absolutamente sorrateira" inativando os integrantes no sistema.
Ele também disse em evento que é uma "tendência natural" que outros parlamentares sigam os seus passos e peçam desfiliação do partido pois "estão expulsando" a maioria dos deputados.
"É uma tendência natural. Estão empurrando, estão expulsando a grande maioria dos deputados, tanto federais, quanto estaduais para fora do partido".
Fonte: Jornal O Povo.