A prisão preventiva do policial penal Jorge José da Rocha Guaranho foi convertida pela Justiça do Paraná em prisão domiciliar com o auxílio de monitoramento por tornozeleira eletrônica por até 90 dias. O equipamento foi instalado por volta das 21h45. Hoje à tarde, ele teve alta do hospital Ministro Costa Cavalcanti, em Foz do Iguaçu (PR).
Após deixar o leito hospitalar, ele seria transferido ao Complexo Médico Penal em Pinhais, na região metropolitana da capital Curitiba, onde ficaram os políticos detidos pela Operação Lava Jato. Mas a medida foi revogada após a unidade prisional informar não ter condições para receber o detento devido ao seu "grave quadro clínico".
O policial penal foi denunciado por homicídio qualificado pelo assassinato do guarda municipal Marcelo Arruda, morto a tiros quando comemorava o aniversário de 50 anos com uma festa temática do PT na noite de 9 de julho em Foz.
Juiz criticou demora do Complexo Penal. Em decisão assinada hoje à tarde, o juiz Gustavo Germano Francisco Arguello, da 3ª Vara Criminal de Foz do Iguaçu, criticou a demora da unidade prisional para informar não ter condições para receber Guaranho.
"Não bastasse a absurda situação de se constatar a total incapacidade técnica do Estado em cumprir a ordem judicial que decretou a prisão preventiva do réu, tem-se a inacreditável omissão em comunicar tempestivamente a sua inaptidão", cita o magistrado, em um dos trechos da decisão.
Por que Guaranho não poderia ficar na prisão? Em relatório, a unidade prisional informou que Guaranho depende de acompanhamento fisioterápico, nutricional e neurológico para a sua recuperação. "Incompatível com as condições estruturais apresentadas por este Complexo Médico Penal", informou.
A Justiça do Paraná concedeu a prisão domiciliar, "até que seja possível eventual remanejamento do réu para estabelecimento adequado". Guaranho só poderá se retirar da sua casa em caso de necessidade de atendimento médico e não deverá sair da cidade sem prévia autorização judicial.
Fonte: Uol.