sábado, 16 de julho de 2022

Assassinato de petista: celular pode mudar rumo do caso, diz delegada.

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    A delegada responsável pelo caso da morte do guarda municipal e tesoureiro petista morto em Foz do Iguaçu (PR), Camila Cecconello, afirmou que as investigações podem mudar de rumo com perícia no celular do suspeito. Oagressor, Jorge José da Rocha Guaranho, 38 anos, foi indiciado por homicídio duplamente qualificado (motivo torpe e por causar perigo comum) ao atirar contra Marcelo Arruda.

 

    A declaração foi dada à repórter Isabela Camargo, da GloboNews, na noite de sexta-feira (15/7). Na entrevista, Cecconello afirma que uma das primeiras ações da polícia foi ir atrás do celular de Guaranho. Segundo ela, é essencial a extração do conteúdo de telefone porque pode haver algum comentário do suspeito sobre o caso.

 

    “Então, a análise do celular é muito importante sim e pode trazer algum elemento novo na investigação”, disse a delegada. “Mas como temos um prazo a cumprir, sob pena de que o não cumprimento pode acarretar a soltura do réu, nós temos que relatar o inquérito com os elementos que nós temos e, claro, aguardar”, continuou.


    A data limite para a entrega do inquérito estava marcada para terça-feira (19/7). Durante a coletiva que divulgou o indiciamento de Guaranho, a Polícia Civil do Paraná concluiu que o caso não poderia ser enquadrado, juridicamente, como crime de motivação política.


    Segundo Cecconello, “não há provas de que foi um crime de ódio pelo fato de a vítima ser petista”. A briga teria começado por questões políticas, mas, para a polícia, a escalada da violência virou um assunto pessoal. O assassino teria decidido voltar à festa por ter se sentido humilhado pela vítima.


Marcelo Arruda foi morto durante a festa de aniversário de 50 anos no último sábado (9/7).


Confira a cronologia do caso:

 

· Uma pessoa, em um churrasco, acessou imagens de circuito interno de segurança de onde ocorria festa. Jorge José estava no evento e perguntou onde era realizada a comemoração, mas não fez comentários. Ele, segundo a polícia, ingeriu bebida alcoólica.


· Segundo os depoimentos, ele chegou ao local da festa de Marcelo ouvindo uma música ligada à campanha do presidente Jair Bolsonaro (PL).


· Houve uma discussão entre eles. Marcelo jogou terra e pedras no carro de Jorge José, que foi embora, mas retornou ao local.


· É solicitado ao porteiro que ele impeça a entrada do policial penal, mas Guaranho abriu o portão sozinho. Avisado de que Guaranho havia voltado, Marcelo, que era guarda municipal, carrega a arma e coloca na cintura.


· Os dois começam a discutir, e a mulher de Marcelo tenta intervir. O petista e o policial penal ordenam um ao outro para abaixar a arma.


· Jorge José da Rocha Guaranho atirou primeiro contra Marcelo, invadiu a festa e fez mais disparos. Ao todo foram quatro disparos, e dois atingiram a vítima. Marcelo reagiu com 10 tiros. Quatro acertaram Jorge José.

 

Fonte: Metrópoles.

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