Lideranças do PL no Ceará defendem que o partido
apoie Capitão Wagner, pré-candidato do União Brasil ao Governo do Estado, mas
admitem que o arranjo enfrenta incertezas.
De acordo com o deputado estadual André Fernandes (PL),
a discussão ainda será conduzida, mas já adianta: "Gosto muito do nome do
Capitão Wagner, acredito que o nome que tem potencial para derrubar os Ferreira
Gomes".
"Isso vai ser debatido entre os parlamentares e
acredito que a decisão conjunta da maioria dos parlamentares que hoje estão no
PL, junto com a decisão do (presidente estadual do partido) Acilon (Gonçalves),
é a decisão que eu devo seguir", complementou.
Questionado se pretende
fazer frente pela defesa do apoio a Wagner dentro do partido, Fernandes pondera
que tudo depende do espaço dado ao presidente Jair Bolsonaro (PL) no palanque do pré-candidato ao Governo.
"Sem dúvida eu prefiro a candidatura do Capitão Wagner, desde que ele não
apoie outro candidato a presidente, por exemplo, alguém lançado pelo União
Brasil", conclui.
O União Brasil estuda
lançar o presidente nacional da sigla, Luciano Bivar, ao Planalto. As discussões são travadas com MDB,
PSDB e Cidadania em torno de uma candidatura única de terceira
via.
Caso se concretize, a
candidatura de Bivar colocaria em cheque o palanque de Bolsonaro no Estado e
dificultaria o arranjo local entre PL e União Brasil. Wagner, apesar disso, já
manifestou apoio a Bolsonaro, e o presidente tem retribuído com declarações em
favor dele.
Caso opte por uma
candidatura própria ao Executivo estadual, uma das
alternativas do partido seria o ex-deputado federal Raimundo Gomes de
Matos, como
reforçou o seu filho, o vereador Pedro Matos (PL), em entrevista ao programa Jogo
Político, do O POVO, da última terça-feira, 26,.
Para o vereador de
Fortaleza Carmelo Neto (PL), "até as convenções (partidárias) muita coisa pode acontecer".
Na mesma linha de Fernandes, o parlamentar defende o nome de Wagner como
"o único de oposição com chances reais" de derrotar a candidatura
governista.
A deputada estadual Dra.
Silvana (PL) também faz parte do grupo que defende apoio à
candidatura do nome do União Brasil. Ela pondera, no entanto, que a decisão
final é da executiva do partido. "Eu penso que seria melhor ir de Capitão
logo no primeiro turno, mas essa decisão não passa por mim, no PL eles decidem
de cima".
Ela destaca também que as
conversas com Capitão Wagner ainda não avançaram e ele tem tido pouca
interlocução com o PL. "Os eventos do União Brasil estão focados somente
neles. Não somos convidados a participar dos eventos deles não", disse,
referindo-se a encontro
regional que acontece em Sobral neste sábado, 30. "Mas acredito que ele (Wagner) está
respeitando o momento dentro do partido dele. É natural", conclui.
O POVO