O ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSB) foi oficializado, nesta sexta-feira, 8, para a vaga de vice do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na eleição presidencial de outubro deste ano. O ex-tucano teve nome indicado durante reunião do PSB, em São Paulo.
"Tenho certeza que o
PT irá aprovar seu nome como candidato a vice. Pessoalmente, quero dizer que já
fui adversário de Alckmin, Serra e FHC e nunca nos desrespeitamos, nunca
deixamos de nos tratar de forma civilizada (...) o tratamento sempre foi
respeitoso e civilizado dentro daquilo que é democracia", disse Lula.
Alckmin se filiou ao PSB
no início de março, durante o período das janelas partidárias. O acordo foi
fechado pelo presidente do partido, Carlos Siqueira, em reunião de ambos e
contou também com a presença do ex-governador de São Paulo Márcio França (PSB),
do prefeito de Recife, João Campos (PSB), e do presidente do diretório paulista
do PSB, Jonas Donizette.
O ex-governador se
desfilou do PSDB em 2021, momento em que já estava em negociação para integrar
chapa com Lula nas eleições. A possível aliança entre os dois ex-adversários
políticos começou a ser discutida em dezembro de 2021 e ganhou força após um
encontro de ambos.
Dada como praticamente
fechada dentro da cúpula do PT, a aliança é tida por líderes como uma forma
moderar o discurso e de aproximar o partido do centro. Já para os aliados de
Alckmin, a aliança representa a recuperação do capital político que o ex-tucano
acabou perdendo nas últimas eleições.
Nos bastidores, petistas
e o entorno de Alckmin já trabalham na construção de um cronograma de funções
para o ex-tucano dentro da campanha presidencial e para um eventual governo a
partir de 2023. Para o PT, além de uma proximidade com o centro, a aliança com
Alckmin é uma forma de o partido recompor com setores como o do mercado
financeiro e com o agronegócio, por exemplo.
A VOZ DE SANTA QUITÉRIA