O presidente interino do Banco do Nordeste, José
Gomes da Costa, afirmou que as inúmeras menções à privatização ou incorporação
do BNB por outros bancos públicos são "especulações sem fundamento." Em
entrevista à rádio O
OPOVO/CBN, ele ressaltou que a instituição completa 70 anos de
fundação em 2022 e disse que falas sobre o fim do BNB tornam o Nordeste mais
vulnerável.
"O Banco é um legado da sociedade nordestina.
Eu imagino que sejam especulações sem fundamento. Não se consegue imaginar a
possibilidade do Nordeste, do Ceará, sem o Banco do Nordeste. O BNB incorporado
a um outro banco nacional mexe com a nordestinidade", declarou em
entrevista ao jornalista
Jocélio Leal no O POVO no Rádio.
Da Costa ainda ressaltou a atuação da instituição
para o desenvolvimento da Região, destacando que "o BNB é um banco
rentável" e disse que essas associações "vulnerabilizam a sociedade
nordestina."
Microcrédito
Para fundamentar a fala,
o presidente interino ainda destacou a atuação do BNB no microcrédito orientado
- o maior da América Latina. Em balanço divulgado na semana passada, foram
contabilizados R$ 12,674 bilhões em recursos aplicados no Crediamigo e mais de
4,2 milhões de operações
Esses números ajudaram o
Banco do Nordeste a alcançar um lucro líquido de R$ 1,62 bilhão após registrar
fluxo de R$ 41,8 bilhões em aplicações de crédito ao longo de 2021, o que
representa um crescimento de 59% da margem de lucro entre 2021 e 2020, além de
alta de 4,2% no montante investido no mesmo comparativo. Ao todo foram cinco
milhões de operações bancárias ao longo de 2021.
"Crediamigo é o
carro-chefe do banco. Além de contribuir com a rentabilidade, gera as camadas
da base da economia empreendedora. Essas pessoas conseguem gerar mais emprego e
mais renda", concluiu.
O POVO