quarta-feira, 16 de março de 2022

Em apenas 15 dias de março, Ceará já registrou quase o dobro das chuvas de fevereiro

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Nos primeiros quinze dias de março, o Ceará registrou quase o dobro do volume de chuvas de todo o mês de fevereiro. Segundo dados parciais da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), até a noite desta terça-feira, 15, o segundo mês da estação chuvosa do Estado – que vai de fevereiro a maio – já acumulava 111 milímetros (mm) de precipitações, ante a 64 mm registrados durante os 28 dias do mês anterior.

 

O índice já contabilizado representa 55% da média histórica para março, que é de 203 mm. Contudo, como ainda restam 16 dias para o fim do mês, é possível que o número seja superado. Tudo vai depender dos indicadores pluviométricos das próximas semanas. Por enquanto, o Estado segue com condições favoráveis para o registro de mais chuvas em todas as macrorregiões, segundo informa previsão divulgada nesta terça-feira pela Funceme.

 

As precipitações são esperadas, pelo menos, até quinta-feira, 16. A expectativa é que as chuvas ocorram principalmente entre madrugada e começo da manhã. Os maiores volumes podem ser registrados na faixa litorânea, no Maciço de Baturité, Cariri e na porção sul do Sertão Central e Inhamuns.

 

De acordo com a Funceme, as chuvas que já banharam o Ceará no mês de março e aquelas que são aguardadas para os próximos dias estão diretamente ligadas à formação de áreas de instabilidade provenientes de uma Zona de Convergência Intertropical (ZCIT). Além disso, fatores locais, como temperatura, relevo e umidade, também podem induzir novas precipitações.

 

Volume acumulado na quadra está abaixo do esperado

De acordo com o Calendário de Chuvas, da Funceme, em 2022 o Ceará acumula média pluviométrica de 337 mm. O índice considera as chuvas registradas nos 184 municípios entre 1º de janeiro e 15 de março. Para o primeiro trimestre do ano, de janeiro a março, a normal climatológica é de 420 mm. Ou seja, o volume atual, a três semanas do fim do mês, está cerca de 19% abaixo do esperado.

 

A média foi puxada para baixo em virtude da escassez de chuvas ocorrida no mês passado. Os indicadores da Funceme apontam que fevereiro deste ano foi o mais seco desde 2016, quando o volume de precipitações registrado ficou em 53 mm. Em 2021, o índice havia chegado a 126 mm, acima da média histórica de 118 mm.

 

No começo do ano, a Funceme previu que entre fevereiro e abril — considerados os três meses mais importantes da quadra chuvosa —, o volume de precipitações no Ceará tinha 40% de chances de ficar acima da média histórica para o período. O órgão indicou apenas 20% de possibilidade de chuvas abaixo da média. Para que o cenário se confirme, março e abril precisam superar os baixos índices de fevereiro.

 

Dados das macrorregiões indicam que, na primeira quinzena deste mês, a área do Estado que teve o maior acumulado de chuvas foi o Cariri, com 163 mm. Em seguida aparece a Ibiapaba, com 157 mm, e o Litoral de Fortaleza, com 152 mm. As outras regiões registraram volumes acima de 100 mm, exceto o Sertão Central e Inhamuns, onde o indicador ficou em 91 mm.


O POVO

 

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