Casos de abandono e maus-tratos a animais vêm
crescendo a cada dia no Ceará. No ano passado, foram feitos 13
procedimentos pelo Batalhão de Polícia do Meio Ambiente (BPMA) após
denúncias recebidas, enquanto já foram realizados seis somente neste ano,
segundo informações da capitã Talya Maciel, do BPMA, em entrevista à rádio O
POVO CBN nessa quarta-feira, 16.
O número de procedimentos realizados não corresponde
ao número real de animais que sofrem maus-tratos no Estado, pois o procedimento
do BPMA só pode ser realizado quando é realizado o flagrante do crime. "Os
dados de procedimentos realizados pelo BPMA são os de casos que a gente chegou
ao local da ocorrência e constatou a veracidade do crime de maus-tratos",
explicou a capitã à jornalista Rachel Gomes.
"O abandono se torna
um pouco mais delicado justamente pela dificuldade da Polícia Militar em
presenciar, fazer o flagrante do tutor que vai até o local e abandona o animal.
Se for constatado o crime, seja qual for ele, a pessoa é conduzida juntamente
com o animal para a delegacia", completou Talyta. Depois, é feito o
encaminhamento do animal para abrigos que recebem esses tipos de casos.
Ainda, o BPMA possui base
em Fortaleza, Guaramiranga, Sobral e Juazeiro do Norte. "A gente atende
nessas cidades e em toda a Região Metropolitana da Capital. Mas o crime de
maus-tratos pode ser atendido por qualquer viatura policial", pontuou
Talyta. As denúncias podem ser feitas para o número 190, da Coordenadoria Integrada de Operações de
Segurança (Ciops).
Além disso, informações
também podem ser repassadas para o número 181, disque denúncia da Secretaria da Segurança
Pública e Defesa Social (SSPDS). "A gente recebe, aqui em Fortaleza,
principalmente, muita denúncia em relação aos maus-tratos e à criação ilegal de
animais silvestres", informou a capitã.
"O que a gente pede
é a conscientização de quando a pessoa for tomar a decisão de criar, comprar ou
adotar o animal, que seja algo de caso pensado. O animal, a depender da
raça, vai viver de dez a 15 anos, podendo ser visto como um membro da família.
Então, não é justo o tutor decidir que não quer mais e simplesmente abandonar o
animal", conscientiza Talyta.
O POVO