O Ministério
da Saúde enviou ofício ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta
terça-feira (1º) no âmbito da ação sobre a nota que referendava medicamentos
ineficazes no tratamento contra a Covid-19 e
negava a eficácia das vacinas.
Apesar
da determinação da ministra Rosa Weber exigir
resposta tanto do ministro da
Saúde, Marcelo Queiroga, quanto do secretário de Ciência, Tecnologia,
Inovação e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde, Hélio Angotti Neto, o
documento da pasta diz que apenas Hélio prestará informações sobre a nota.
No
fim de janeiro, a secretaria comandada por Angotti publicou uma nota
afirmando que as vacinas não têm eficácia e que medicamentos como cloroquina
têm.
Após
críticas da comunidade científica, o documento
foi republicado com o mesmo teor no texto, mas sem uma tabela que
sugeria que a hidroxicloroquina é eficaz e segura e a vacinação, não.
Na
resposta enviada ao STF, apesar de designar Angotti Neto como porta-voz das
explicações, Queiroga escreve que “coloco-me à disposição para quaisquer outros
esclarecimentos que se fizerem necessários”.
Para
justificar a ação movida no Supremo, o partido Rede Sustentabilidade argumentou
que a nota técnica assinada por Angotti era “claramente contrária ao consenso
científico internacional e afronta os princípios da cautela, precaução e
prevenção – que deveriam ser o norte da bússola de qualquer gestor público no
âmbito do enfrentamento de uma pandemia”.
CNN