A vacina CoronaVac, da farmacêutica chinesa Sinovac,
manteve a proteção contra o vírus da covid-19 após seis meses da aplicação da
segunda dose, mostra estudo de efetividade do Instituto Butantan, no município
de Serrana, no interior paulista.
Segundo a análise, as
taxas de anticorpos para se defender da infecção contra o SARS-CoV-2 em todas
as faixas etárias se mantiveram acima de 99%. Além disso, a dose de reforço da
mesma vacina em idosos aumentou de duas a quatro vezes os níveis de anticorpos.
Os dados fazem parte das
conclusões preliminares da segunda etapa de sorologia e avaliação da resposta
imunológica dos voluntários do Projeto S, como o estudo de efetividade é
chamado. A população de Serrana foi vacinada no primeiro semestre de 2021 para
avaliar a capacidade da CoronaVac de conter a pandemia e a transmissão do
vírus.
Foram feitas três coletas
de sorologia no município: em julho e em outubro de 2021, e em janeiro de 2022.
A última coleta de sorologia será feita em abril. A participação na pesquisa é
voluntária e envolve pessoas de qualquer idade que tenham se vacinado no
contexto do Projeto S.
De acordo com o Butantan,
inicialmente o projeto seria encerrado após um ano da conclusão do esquema
vacinal, mas a equipe deve pedir a renovação e continuar as análises por pelo
menos mais um ano. Isso ocorre devido à adaptação dos esquemas vacinais, com a
administração de doses de reforço; ao surgimento de novas variantes; e à
manutenção das altas taxas de transmissão.
A proposta de uma nova
fase é seguir coletando dados sobre a imunidade gerada pela vacina ao longo do
tempo, além de saber como os anticorpos e a imunidade celular vão se comportar
diante de casos mais graves.
O POVO