Um levantamento feito pela Associação Brasileira de
Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma) indicou que o número de testes positivos
para a Covid-19 em farmácias registrou queda de 39% na primeira semana de
fevereiro. Durante o período, foram contabilizados 36,7% diagnósticos
positivos, contra 42,3% na semana anterior.
No total, o volume de
testagens contou com 450.274 exames, contingente 29% inferior ao da semana de
24 a 30 de janeiro. O volume de resultados positivos totalizou 165.447, contra
269.245 da semana anterior.
“Chegamos a fazer 750 mil
testes por semana, quando estávamos no pico da pandemia, agora recuamos para
cerca de 450 mil testes. No caso das farmácias, nós temos um limite diário.
Estamos falando de 4.700 farmácias da Abrafarma, que fazem até 36 testes por
dia”, disse o presidente da Abrafarma, Sérgio Mena Barreto, em entrevista ao
jornalista Jocélio Leal da rádio O POVO CBN.
Com a crise de gripe
H3N2, neste início de ano, as farmácias brasileiras se viram com problemas de
alta procura e baixa oferta de medicamentos como os antigripais, xaropes,
remédios para febre e outros. Contudo, quanto aos itens de proteção contra a
Covid-19, como máscaras e álcool em gel, não houveram dificuldades em
encontrá-los nas prateleiras das farmácias locais.
Em janeiro, a diretoria colegiada
da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), por unanimidade, aprovou
o uso e a comercialização de autotestes para detecção de Covid-19 no Brasil.
Os autotestes para
Covid-19 são avaliados pelo Instituto Nacional de Controle da Qualidade em
Saúde (INCQS) para confirmação de desempenho, de forma independente. A norma
exige sensibilidade e especificidade mínimas, de 80% e 97% respectivamente. A
exigência é feita para esses testes pois eles são destinados ao público leigo,
existindo maior assimetria de informação do que os testes profissionais.
Conforme informações do
presidente da Abrafarma, até o momento, cerca de 50 empresas pediram registro
na Anvisa. Porém, 15 delas foram negadas por falta de documentação ou
detalhamento específico nos manuais de aplicação dos autotestes. Estes devem
ter valor unitário por volta de R$50, com tendência à redução de preço variando
em consonância às distribuidoras.
"O autoteste é uma
ferramenta auxiliar muito interessante, pois ele ajuda no controle da pandemia
sob o ponto de vista do cidadão. É um instrumento de cidadania, você cuida do
entorno, da família. Por exemplo, caso se encontre contaminado e precise testar
negativo para retornar ao trabalho ou poder voltar a ter contato com
familiares, utiliza-se o autoteste. Então, ele pode ser muito útil para
auxiliar a população na prevenção contra a Covid-19", completa Sérgio
Mena.
O POVO