Desde o surgimento dos primeiros
casos de H3N2 no Ceará, a taxa de ocupação dos leitos de UTI adulto na rede
pública saltou cerca de 25%. De acordo com a plataforma IntegraSUS, há
exatamente um mês, no dia 7 de dezembro, o Estado registrava 88 internações
graves por causas respiratórias. Nesta sexta-feira, 7, o número chegou a 110,
conforme os dados extraídos da última atualização do sistema, às 22h11min.
Apesar do crescimento, a média de
ocupação permanece estável, variando entre 40% e 45%. As estatísticas apontam
que, na maioria dos hospitais onde há UTIs ativas, o número de pacientes internados
é menos da metade da oferta disponível. Em algumas unidades, no entanto, o
quadro é de lotação máxima. É o caso do Hospital Regional do Sertão Central
(HRSC), em Quixeramobim, onde todos os dez leitos instalados já estão ocupados;
do Hospital Regional do Cariri, em Juazeiro do Norte, com nove das dez vagas
preenchidas; e do Hospital Regional Norte (HRN), em Sobral, que tem oito de
suas dez UTIs ocupadas atualmente.
Na Capital, o cenário é mais
preocupante no Hospital Leonardo Da Vinci, que já registra ocupação de 29
dos 30 leitos disponíveis para casos graves. A unidade se tornou referência nas
internações para casos graves de síndromes gripais na última quarta-feira, 5,
quando o governador Camilo Santana anunciou uma série de medidas para conter o
avanço da Covid-19 e da H3N2 no Estado.
Em relação aos leitos de
enfermaria, o crescimento no nível de ocupação é ainda maior do que nas UTIs.
Nos últimos 30 dias, o total de vagas ocupadas na rede pública estadual passou
de 399 para 827, perfazendo alta de 107,26%. O aumento, no entanto, ainda não
representa ameaça à capacidade de atendimento da rede, que os clínicos ocupados
representam apenas 35% dos total de vagas ativas, se considerados todos os
hospitais do Estado.
O POVO