A obrigatoriedade de máscaras
do tipo N95 (ou PFF2) para trabalhadores de
serviços essenciais no Ceará começa a valer nesta segunda-feira, 24.
Funcionários que lidam com o público em estabelecimentos como farmácias,
supermercados e escolas precisam obedecer à
medida. Aqueles voltados à parte administrativa estão, por ora,
dispensados da obrigatoriedade do modelo, mas devem seguir usando proteção
facial contra infecção por Covid-19.
Após anúncio da nova medida pelo
governador do Ceará, Camilo Santana (PT), os estabelecimentos tiveram períodos
de uma semana para adaptação, entre os dias 17 e 23 deste mês. As máscaras do
tipo N95 e PFF2 são consideradas pelos especialistas como as mais seguras na
prevenção contra a infecção por Covid-19 e outros vírus respiratórios.
Nos supermercados, os trabalhadores receberão as
máscaras de seus empregadores. Antônio Sales, secretário-executivo da
Associação Cearense de Supermercados (Acesu), explica que as redes comerciais
estão se unindo para efetuar a compra conjunta e conseguir um preço melhor com
os fornecedores.
"Esse é mais um custo adicional desde o início
da pandemia, pois as máscaras são mais caras que as usadas atualmente”, aponta.
Ele ressalta que os equipamentos de proteção estão com preço maior e em
escassez no mercado local, devido à demanda.
Nas escolas municipais de Fortaleza, serão
adquiridas 380 mil unidades das máscaras, que serão distribuídas ao longo do
ano letivo. A Secretaria da Educação do Ceará (Seduc) informou que está
adotando providências para o processo de aquisição dos itens para os
profissionais de educação. A perspectiva é que o ano letivo comece no dia 31 de
janeiro, de forma presencial.
Antônio Félix, presidente do Sindicato do Comércio
Varejista dos Produtos Farmacêuticos do Estado (Sincofarma/CE), diz que espera
que haja uma tolerância na fiscalização da medida em virtude da falta do
produto no mercado. Ele garante, no entanto, que as empresas estão engajadas em
se adequar à exigência.
“Não tem como rigidamente poder garantir que a
partir de amanhã todos os segmentos essenciais estarão com a N95, porque não
tem o produto, isso vai dar problema”, pondera. Ele diz que é necessária uma
união entre indústria e comércio para que a medida seja cumprida.
O POVO