quinta-feira, 30 de dezembro de 2021

Petrobras tenta reverter suspensão da alta do gás no Ceará e mais três estados

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Decisões judiciais determinaram a suspensão do reajuste do preço do gás natural fornecido pela Petrobras as distribuidoras de quatro estados: Rio de Janeiro, Ceará, Sergipe e Alagoas. A empresa informou nesta quinta-feira, 30, por meio de nota, que adotará as medidas judiciais cabíveis nos quatro casos.https://agenciabrasil.ebc.com.br/ebc.png?id=1434513&o=rsshttps://agenciabrasil.ebc.com.br/ebc.gif?id=1434513&o=rss


Os contratos da Petrobras com a CEG/Naturgy, do Rio de Janeiro, Cegás (Ceará), Sergás (Sergipe) e Algás (Alagoas) se encerram amanhã (31). Portanto, os reajustes seriam válidos a partir de 1º de janeiro de 2022, de acordo com a estatal.

 

“Há vários meses, a Petrobras está engajada, de boa-fé, em negociações de novos contratos com diversas distribuidoras. Para oferecer melhores condições aos clientes, a Petrobras ofereceu às distribuidoras de gás natural produtos com prazos de 6 meses, 1 ano, 2 anos e 4 anos e mecanismos contratuais para reduzir a volatilidade dos preços, como, por exemplo, referência de indexadores ligados ao GNL e ao Brent, opção de parcelamento e possibilidade de redução dos volumes nos contratos de maior prazo”, informou a empresa, por meio de nota.

 

No Ceará, contrato foi prorrogado por seis meses

No caso do Ceará, em decisão na última quarta-feira, 22, a desembargadora Marlúcia de Araújo Bezerra, do Tribunal de Justiça do Ceará, concedeu liminar a favor da Companhia de Gás do Ceará (Cegás) e do governo cearense, prorrogando o contrato de fornecimento de gás natural com a Petrobras por mais seis meses. A magistrada apontou, em sua decisão, risco de desabastecimento. A estatal pretende realizar um reajuste nos preços que pode implicar em um aumento médio de 40% no Ceará.

 

Segundo a empresa, as decisões da Justiça “abalam a segurança jurídica do ambiente de negócios, interferindo na livre formação de preços, colocando em risco a implementação da própria abertura do mercado de gás natural no Brasil e atração de investimentos no país”.

 

Questão também está sendo analisada pelo Cade

Antes mesmo das liminares, o reajuste que já havia sido objeto de reclamação no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), em novembro, pela associação das distribuidoras do insumo, Abegás.


Também é esperado para o início do próximo ano a deliberação do Cade sobre o assunto, que vai examinar o pedido para que as condições de mercado sejam mantidas inalteradas até que haja concorrência no setor.

 

A associação pediu ao Cade que as condições contratuais vigentes até 31 de dezembro de 2021 entre a Petrobras e as distribuidoras sejam mantidas para 2022, e solicitou que o órgão examine todas as questões de mercado e ações anticompetitivas da Petrobras, ainda que retroativamente.

 

Apesar da aprovação da Nova Lei do Gás este ano, que visa a abertura do mercado, a Petrobras ainda é responsável por 80% de todo o gás natural comercializado no Brasil.


O POVO

 

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