O Comitê Científico do
Consórcio Nordeste, formado por integrantes de todos os estados da região e
atuante no combate à pandemia de Covid-19, recomendou, nesta sexta-feira (3),
a proibição
de festividades de réveillon e carnaval no Ceará e nos demais estados da região em função dos casos e óbitos de
Covid-19.
No boletim divulgado pelo
comitê, a indicação para que não haja essas festas no Ceará ocorre porque o
estado tem indicadores de riscos pandêmico e epidêmico altos.
"Como a pandemia
continua presente e mesmo em menor intensidade, não existe segurança sanitária
para quaisquer atividades presenciais sem o rígido controle de protocolos de
distanciamento, proteção sanitária, o que é muito difícil em situações de aglomeração",
escreveram os cientistas.
O governador do Ceará, Camilo Santana, anunciou, na
última sexta-feira (26), que os grandes eventos de réveillon estão proibidos em
todo o estado em 2021. No caso, só estarão permitidos eventos que
possam receber até 2,5 mil pessoas em ambientes fechados e até 5 mil pessoas em
locais abertos.
Camilo cancelou ainda, na terça-feira (30), o edital de
apoio às festas de carnaval de 2022. O anúncio foi feito um dia após
a abertura das inscrições. O governador afirmou que os casos de Covid provocados
pela variante ômicron requerem "prudência e responsabilidade".
No mesmo dia, o prefeito de Fortaleza, José Sarto (PDT), cancelou o edital de apoio às
festas de carnaval em 2022 na capital cearense. Desta forma, a
indicação dos gestores é de que não haverá eventos públicos no período em 2022.
'Festas resultariam em nova onda'
No boletim, o Comitê Científico considera que as festas de réveillon e
carnaval "intensificariam a transmissão do vírus e resultariam em
nova onda da pandemia".
Além desta leitura, os cientistas também
recomendaram a intensificação da vacinação contra a Covid-19, com ampliação do
seu ritmo; a manutenção do uso obrigatório de máscaras faciais e a adoção do
passaporte sanitário; e a identificação das barreiras que vêm impedindo a
vacinação da população.
Os cientistas também pontuaram o surgimento da
variante Ômicron, que vem preocupando entidades, gestores e especialistas
de todo o mundo. "E o mais importante é que estas novas
variantes podem, não somente ser mais transmissíveis e mais patogênicas, como
também evadirem da imunidade produzidas pelas vacinas", afirmam.
G1 CEARÁ