sábado, 20 de novembro de 2021

Rendimento médio do cearense em 2020 é de R$ 1.667, maior desde 2012, mas abaixo da média nacional

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O rendimento médio mensal dos cearenses em 2020 foi de R$ 1.667,00, o maior desde o início das análises, em 2012. Contudo, o índice ficou abaixo da média entre todos os estados brasileiros neste ano, que é de R$ 2.213,00, conforme a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), divulgada pelo Instituto Nacional de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (19).

 

Em relação à população geral, o Ceará ficou na nona posição quanto ao rendimento total recebido mensalmente. O Distrito Federal teve a maior média: R$ 3.974,00 mensais.

 

Benefícios sociais

De acordo com Hélder Rocha, supervisor da área de disseminação de pesquisas do IBGE, no Ceará esse aumento leva em conta todas as fontes de renda da população ocupada, dos autônomos e dos aposentados e pensionistas. Entretanto, houve um aumento significativo de pessoas recebendo benefícios sociais do governo no período da série histórica, com destaque para 2020 no contexto da pandemia.

 

 

"Sempre predominou ao longo da série histórica a participação das aposentadorias e pensões, que assim como dos trabalhadores formais tiveram aumentos salariais anuais. Porém, com a pandemia, houve um incremento de pessoas recebendo benefícios sociais do governo. Só para se ter uma ideia, o percentual de renda oriunda dos programas sociais saltou de 12,2% em 2019 para 19,2% em 2020, abrangendo cerca de 1,1 milhão de pessoas, o que justificou esse aumento do valor médio mensal do rendimento no estado, explicou.

 

Na região Nordeste, o estado registrou o terceiro maior rendimento ficando atrás do Rio Grande do Norte (R$ 1.768) e Sergipe (R$ 1.677). Maranhão (R$ 1.270) e Piauí (R$ 1.399) têm os piores índices de rendimento do país.

 

Desigualdade de rendimento entre os sexos

Conforme a pesquisa, as mulheres tiveram rendimentos 12,2% menores que os homens em 2020, no Ceará. Em média, as mulheres tiveram ganho mensal de R$ 1.706,00 no ano passado, enquanto o valor médio para os homens foi de R$ 1.941,00. Uma diferença média de R$ 235,00.

 

Em 2018, foi registrada a maior proporção de desigualdade entre os sexos no estado. Com o rendimento médio mensal dos homens em R$ 1.705 e o das mulheres em R$ 1.355, uma diferença de 20,5% a menos para o sexo feminino. Equivalia, em média, a R$ 350,00 a mais para os homens.

 

Brasil tem queda recorde

Apesar do crescimento do índice no Ceará, o rendimento médio mensal do brasileiro teve queda recorde em 2020 e atingiu o menor valor desde 2012. De acordo com o levantamento, o rendimento mensal médio real de todas as fontes no país passou de R$ 2.292 em 2019 para R$ 2.213 - valor mais baixo desde 2013, quando era estimado em R$ 2.250 (já descontada a inflação do período). Este recuo corresponde a uma queda de 3,4%, a mais intensa da série histórica da pesquisa iniciada em 2012.

 

A queda foi generalizada entre a maioria das fontes que compõem a renda do brasileiro. O recuo mais intenso foi observado entre as chamadas “outras fontes”, que incluem aposentadoria, pensão e aluguéis.

 

As exceções foram observadas entre o rendimento habitualmente recebido do trabalho, devido a um efeito estatístico, e entre os chamados “outros rendimentos”, que registraram salto recorde devido ao auxílio emergencial, criado pelo governo para socorrer a população mais vulnerável diante da crise sanitária.

 

Diferenças regionais

A queda no rendimento médio mensal real de todas as fontes ocorreu na maioria das regiões do país. No Sudeste (-4,7%) e no Sul (-4,3%) o recuo foi mais intenso que a média nacional. No Centro-Oeste (-3,3%) ela foi equivalente à do país. A região Norte, por sua vez, registrou estabilidade do indicador, enquanto no Nordeste ele apresentou aumento de 1%.

 

O rendimento médio proveniente de outras fontes, por sua vez, caiu em todas as grandes regiões, tendo sido mais intensa que a média nacional no Centro-Oeste (-21%) e no Sudeste (-19,6%). No Sul (13,2%), Norte (-8,7%) e Nordeste (-5,4%) o recuo foi menos intenso.

 

Já o rendimento médio habitual do trabalho também apresentou aumento regionalmente. No Norte (4,5%) e Nordeste (7,6%) ele foi acima da média nacional, enquanto Sudeste (2,8%) e Centro-Oeste (3,2%) registraram expansão levemente menor que a geral do país. No Sul (0,3%), porém, ficou praticamente estável.


G1 CEARÁ

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