Adose de reforço da
vacina contra a Covid-19 será reduzida de seis para cinco meses. A medida, que
será anunciada nesta terça-feira, 16, valerá para idosos, profissionais de
saúde e imunossuprimidos — pessoas com baixa imunidade, soropositivas,
transplantadas ou que tenham câncer. O órgão avalia, ainda, a recomendação de
dose de reforço da para a população de 18 a 59 anos. As informações são do O Globo.
Técnicos que
assessoram a pasta têm analisado estudos que evidenciam a queda da proteção dos
imunizantes no decorrer do tempo com o intuito de subsidiar recomendações que
possam ser necessárias, como a aplicação de uma terceira dose dos imunizantes e
a própria redução do intervalo de aplicações de doses de reforço. Eles disseram
que veem os planos como positivos.
Para o infectologista
Julio Croda, professor de Medicina da Universidade Federal de Mato Grosso do
Sul (UFMS) e pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), a redução do
intervalo de aplicação da vacina em idosos reforça a proteção de pessoas mais
vulneráveis à doença e que têm menor resposta imune à vacina. “Tanto
AstraZeneca como Pfizer, mas, principalmente, Coronavac, parece que têm diminuição
da proteção a partir de 120 dias”, afirma o infectologista.
Já para a população de 18 a 59 anos, apesar de haver
perda de proteção para doença, a vacina segue evitando hospitalizações e
óbitos, mas não se sabe ainda quanto tempo a imunização durará para essas
pessoas.
O intervalo já foi reduzido em
Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Natal e Santa Catarina, por decisão das
secretarias de Saúde locais. No Espírito Santo, a redução já é para quatro
meses e, no Guarujá (SP), para dois meses. Estados e municípios podem
estabelecer autonomamente os seus respectivos cronogramas de vacinação.
O POVO