Após 18 anos sendo a única fonte de renda de milhões de
brasileiros, o Bolsa Família está oficialmente extinto a partir desta
segunda-feira, 8 de novembro. Decisão integra a Medida Provisória nº
1.061, de 9 de agosto de 2021, que regulamenta a criação do Auxílio Brasil. Com
a medida, o Bolsa Família será reformulado e incorporado, assim como outras
seis políticas assistenciais de transferência de renda, no novo benefício
social.
O
programa criado em 2003 durante a gestão do ex-presidente Lula (PT) realizou
seu último pagamento no dia 29 de outubro deste ano. Sem o benefício, 13,9
milhões de famílias ficam sem garantia de renda até o Auxílio Brasil ser
completamente definido. Mesmo com as indefinições, o Governo Federal afirma que
o pagamento começará ainda este mês, no dia 17 de novembro, já com revisão nos
valores.
Na
prática, cada família terá reajuste de 17,84%, abaixo dos 20% amplamente
divulgado pelo presidente brasileiro Jair Bolsonaro (Sem Partido). O pagamento
médio para os beneficiários ficará no patamar de R$ 217,18. O novo valor médio
leva em consideração a revisão de benefício básico de R$ 89 para R$ 100 pago
para todos os inscritos no programa social. Além do aumento do benefício
Variável Vinculado ao Adolescente de R$ 48 para R$ 57 e o pagamento de R$ 57
dos demais pagamentos variáveis associado ao programa.
Mesmo com as mudanças, o pagamento médio mensal fica abaixo dos R$ 400 prometidos pelo Governo Federal e amplamente defendido por Bolsonaro. Além disso, estimativas da própria base aliada destacam que cerca de 5,4 milhões de atendidos pelo Bolsa Família podem ter renda mensal reduzida com a migração para o Auxílio Brasil.
OPOVO