O
presidente Jair
Bolsonaro (sem partido) voltou a falar em fraude eleitoral no
pleito de 2014, que reelegeu Dilma Rousseff para a presidência da República.
Segundo ele, as supostas evidências que comprovariam a fraude serão
apresentadas "na quinta ou sexta que vem".
"Vou
apresentar na quinta ou na sexta que vem [as supostas provas de fraude
eleitoral]. Vamos convidar a imprensa e nas mídias sociais, vamos demonstrar em
uma hora e meia as perguntas de gente que entende do assunto sobre o que vamos
apresentar. O que não podemos deixar é problema para as eleições do ano que
vem", disse o presidente em entrevista à rádio Jovem Pan de
Itapetininga.
A eleição presidencial de 2014 teve dois turnos. O segundo
turno foi disputado pelos candidatos Dilma Rousseff (PT)
e Aécio Neves (PSDB) – Dilma
foi reeleita.
À
época, o PSDB chegou a pedir uma auditoria dos votos junto ao Tribunal Superior
Eleitoral (TSE) e não foi encontrada nenhuma evidência de que houve adulteração
de programas, de votos ou mesmo qualquer indício de violação ao sigilo do voto
no pleito.
À CNN, o deputado
federal Aécio Neves (PSDB-MG) disse não haver indícios de fraude nas eleições
presidenciais de 2014. Aécio afirmou ainda que os crimes em 2014 são
de outra natureza daquelas que o Bolsonaro diz terem ocorrido.
Em
junho, em entrevista à CNN, o presidente do TSE, ministro Luís
Roberto Barroso, afirmou que o presidente tem o "dever cívico" de
apresentar as provas que diz ter sobre a suposta fraude das
eleições – à época, no entanto, Bolsonaro falava em fraudes nas eleições de
2018.
Segundo
Barroso, nunca houve fraude eleitoral documentada com a urna eletrônica no
Brasil.
CNN