Um
hacker alvo de operação desencadeada pela Polícia Civil do Distrito Federal
(PCDF) foi condenado pela Justiça a devolver R$ 648.143,45 ao Banco do Brasil,
nessa segunda-feira (31/5). Além de restituir o valor ao BB, o criminoso terá
de cumprir 5 anos e 6 meses de prisão. O montante foi desviado de duas contas
bancárias de moradores da capital do país. O ladrão virtual levava vida
luxuosa, morando em apartamento localizado em Balneário Camboriú, litoral de
Santa Catarina.
A
investigação foi conduzida pela Delegacia Especial de Repressão aos Crimes
Cibernéticos (DRCC), que deflagrou a operação em 24 de agosto do ano passado. A
apuração teve apoio da Divisão Criminal do Departamento de Justiça dos Estados
Unidos. A ação foi batizada de “Quick Response” – resposta rápida em tradução
livre.
Os
investigadores tomaram conhecimento do crime em 29 de maio do ano passado. Em
ambos os casos, as vítimas receberam, por meio de mensagem de SMS, um mesmo
link, que as direcionaram para uma página falsa de um banco. Posteriormente,
passaram a receber mensagens de WhatsApp, em nome da falsa instituição
financeira. O comunicado as induziu a gerar um QR Code (código de barras
bidimensional), vinculado às contas bancárias, e a repassá-lo aos criminosos.
De
posse de todas essas informações, os criminosos habilitaram um aplicativo
bancário de celular em nome das vítimas e subtraíram a quantia por meio de
transferências bancárias realizadas para contas de diversos correntistas
residentes em várias localidades do Brasil. Da mesma forma, faziam pagamento de
tributos vinculados a uma unidade específica da Federação.
Parada
nos EUA
Segundo
a DRCC, para realizar essa e outras fraudes, os criminosos fizeram uso de
serviços relacionados à internet de uma empresa com sede nos Estados Unidos,
que não possuía representante no Brasil. Dessa forma, a PCDF procurou parceria
com a Divisão Criminal do Departamento de Justiça dos Estados Unidos, a fim de
rastrear os serviços utilizados pelos bandidos em solo americano.
Após
um ano de investigação e com o auxílio da Polícia Federal dos Estados Unidos,
foi possível constar a participação do hacker que morava no litoral
catarinense. Ele utilizava recursos de informática localizados em empresas dos
EUA para fraudar contas bancárias de diversos brasileiros residentes em vários
municípios e no DF.
Metrópoles