O Ministério da Saúde apura o caso de uma mulher grávida que faleceu no Rio de Janeiro depois de receber a vacina contra a Covid-19 da AstraZeneca. A Pasta federal ponderou que "reavalia a imunização no grupo de gestantes sem comorbidades". Ao mesmo tempo, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recomendou à noite a suspensão imediata da aplicação do imunizante em grávidas.
"O Ministério da Saúde informa que foi notificado pelas secretarias de Saúde Municipal e Estadual do Rio de Janeiro e investiga o caso. Cabe ressaltar que a ocorrência de eventos adversos é extremamente rara e inferior ao risco apresentado pela Covid-19. Neste momento, a pasta recomenda a manutenção da vacinação de gestantes, mas reavalia a imunização no grupo de gestantes sem comorbidades", disse no comunicado.
SUSPENSÃO
Embora a Pasta tenha orientado a continuidade da imunização, a Anvisa divulgou nota técnica orientando que a vacina AstraZeneca/Fiocruz seja interrompida para grávidas. A agência afirma que a indicação da bula do imunizante deve ser seguida pelo Programa Nacional de Imunização (PNI).
"A orientação é resultado do monitoramento de eventos adversos feito de forma constante sobre as vacinas Covid em uso no país. O uso 'off label' de vacinas, ou seja, em situações não previstas na bula, só deve ser feito mediante avaliação individual por um profissional de saúde que considere os riscos e benefícios da vacina para a paciente", justificou a Anvisa.
Ainda conforme a nota oficial, a bula atual da vacina
contra Covid da AstraZeneca não recomenda o uso da vacina sem orientação
médica. O órgão não relatou nenhum evento adverso ocorrido em gestantes
brasileiras.
Diário do Nordeste