A notícia da noite de segunda-feira para esta terça-feira, 18, de que a Pague Menos teria comprado a Extrafarma por R$ 600 milhões fez a ação da empresa (PGMN3) subir e bater os 14%, mas agora está operando por volta de 11%.
Na última sexta-feira, 14, a ação da rede de farmácias estava precificada a R$ 10,68, com variação de -1,48%. Já no fechamento anterior, de ontem, ficou em R$ 10,74, com volume de transações de R$ 14,11 milhões.
Por enquanto, dados da B3 mostram os papéis a R$ 11,95, com alta de 24,47% no mês e de 32,47% no ano. O IPO (oferta inicial de ações) da empresa na B3 foi em setembro do ano passado e ainda não completou um ano.
Ao O POVO, a varejista cearense afirmou estar ainda em fase de negociação com o grupo Ultra, atual gestor da Extrafarma, mas informa que a compra da então concorrente ainda não foi finalizada.
Em comunicado, a rede farmacêutica varejista Pague Menos afirma não haver, até o momento, "qualquer contrato vinculante celebrado acerca de uma eventual transação, assim como não há qualquer garantia sobre a efetivação de qualquer negócio entre a companhia e a Extrafarma".
Mas,
conforme informações anteriores da Reuters, teria ocorrido uma reunião na noite
da última segunda-feira, 17, onde as partes teriam acertado a quantia de R$ 600
milhões para integração das 402 lojas da Extrafarma na rede Pague Menos.
O POVO também buscou contato com a Extrafarma, por meio do núcleo de assessoria de comunicação da rede, questionando sobre os fatos acima, bem como sobre o andamento das negociações de venda para Pague Menos, e aguarda retorno.
Crescimento
A rede de farmácias cearense Pague Menos vem em franco crescimento e registrou um lucro líquido de R$ 44,2 milhões no primeiro trimestre deste ano. Alta de 380% em relação a igual período de 2020. Em comunicado aos investidores, publicado no início de maio, dia 4, a varejista também destacou o aumento das vendas online e do atendimento nas ClinicFarmas, espaço destinado ao atendimento farmacêutico dentro das lojas.
Segundo a empresa, com alta de 140% em relação ao primeiro trimestre de 2020, o canal digital representa hoje 6,1% das vendas totais. Já os espaços de atendimento farmacêuticos nas lojas resultou em um avanço de 180% no faturamento, com adoção de 6,2% da base total de clientes.
O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) subiu 27,1%, para R$ 159,3 milhões. A margem Ebitda foi de 8,3%, incremento de 1,2 p.p.
A
rede de farmácias encerrou o período com 1.101 lojas distribuídas em 325
municípios, sendo 88,5% de lojas maduras. “Inauguramos em março de 2021 a
primeira loja do novo ciclo de expansão, um mês antes da data planejada”.
O Povo