O secretário de Saúde do Ceará, Carlos Roberto Martins
Rodrigues Sobrinho (Dr. Cabeto), afirmou que quase 50% da população cearense
pode ser vacinada contra a Covid-19 até junho, caso não haja compra da Sputnik
V pelo Ministério da Saúde. Isso poque o governador Camilo Santana já assinou contrato de intenção de
compra de 5,87 milhões de doses da vacina russa, que podem chegar a partir de abril. O chefe da
Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa) deu entrevista ao vivo para o CETV 2ª
edição, da TV Verdes Mares, na noite desta quinta-feira (25).
"Se
não houver uma aquisição por conta do Ministério da Saúde e do PNI (Programa
Nacional de Imunizações) nós devemos estar acrescentando 2,7 milhões de
cearenses ao plano de vacinação regular do Ministério da Saúde. Isso é muito
bom, porque abre espaço para que até junho nós tenhamos quase 50% da população
cearense vacinada e, melhor ainda, grande parte da população de risco
(vacinada), o que reduziria muito o risco das pessoas que vivem em nosso
estado", disse o secretário.
O
protocolo de intenção de compra dos imunizantes foi assinado no início da semana pelo governador Camilo Santana.
Atendimento
nas UPAS
Dr.
Cabeto informou também que as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) do estado
têm sentido os principais impactos do isolamento social rígido que começou no
último dia 13 de março, após decreto do governador Camilo Santana.
“Nós
já temos uma certa estabilização do número de pacientes que entram nas UPAs; e
um número de pessoas que aguarda transferência mais ou menos mantido igual nos
últimos quatro dias. Isso é um bom sinal que estamos entrando no que chamamos
de platô. Isso tem acontecido tanto na rede pública quanto privada”, comentou
Dr. Cabeto.
O
secretário também comentou a projeção elaborada por um professor da
Universidade Federal do Ceará, que aponta a possibilidade de um platô na curva de média móvel de óbitos causados por Covid-19
apenas no fim de abril.
"Esse
é um cálculo que depende muito de outras variáveis. Nós já esperávamos que duas
semanas após o isolamento restrito tenhamos esse platô. A gente espera que nas
próximas duas semanas, mantendo esse comportamento, tenhamos redução no também
no número de internados e no percentual de exames positivos, que mostra bem a
circulação viral", complementou Cabeto.
G1