A empresa norte-americana Verkada, que produz câmeras para monitoramento de ambientes corporativos, está analisando a invasão de 150.000 câmeras de segurança usadas em escolas, hospitais e empresas como a Tesla e a Cloudflare.
Segundo a Bloomberg, câmeras de hospitais, prisões, clínicas e até mesmo dos escritórios da própria Verkada foram acessadas, dando aos invasores acesso a tudo o que acontece ao seu redor.
A agência de notícias afirma que teve acesso a imagens que mostravam enfermeiros controlando um paciente em um hospital na Flórida, policiais interrogando um suspeito em Massachusetts e funcionários trabalhando em uma linha de montagem da Tesla em Xangai.
Uma das empresas afetadas é a Cloudflare, que fornece serviços como redes de distribuição de conteúdo, proteção contra ataques DDoS e segurança aos sistemas web de seus consumidores.
“… fomos alertados que o sistema de câmeras de segurança da Verkada que monitora os principais pontos de entrada e circulação em alguns escritórios da Cloudflare pode ter sido comprometido. As câmeras estavam localizadas em escritórios que estão fechados há vários meses”, disse a empresa.
O hacker Tille Kottman assume autoria do ataque. Em declaração à Bloomberg, ele afirma que entre os motivos estavam “muita curiosidade, luta pela liberdade de informação e contra a propriedade intelectual, uma grande dose de sentimento anticapitalista e uma pitada de anarquismo – e é divertido demais para resistir”.
A BBC informa que o ataque não foi sofisticado e envolveu o uso de uma conta de “super administrador” para acessar os sistemas. Um porta-voz da Verkada afirmou que a empresa “desabilitou todas as contas internas de administrador para impedir qualquer acesso não autorizado”.
A empresa também estabeleceu um serviço de suporte para os consumidores afetados, e afirma que “nossas equipes interna e externa de segurança estão investigando a escala e escopo do problema, e notificamos a polícia”.
Fonte: BBC, Bloomberg