A
farmacêutica sul-africana Aspen Pharmacare Holdings fornecerá
a vacina contra
a Covid-19 desenvolvida
pela Johnson & Johnson nos
próximos três meses, colocando a maior farmacêutica da África “bem na frente da
produção desta vacina globalmente”, disse o CEO Stephen Saad.
Desde
que concordou em novembro em produzir até 300 milhões de doses por ano em sua
fábrica em Port Elizabeth, África do Sul, a Aspen adotou a tecnologia necessária
para a produção, disse Saad em entrevista nesta sexta-feira. A empresa tem
capacidade suficiente para mais do que dobrar essa produção, se necessário,
disse ele.
Em
seguida, Aspen precisa produzir três lotes idênticos ao produto final. Uma vez
que essa meta seja atingida, a farmacêutica pode solicitar o registro e, em
seguida, vender seu suprimento da vacina J&J, que recebeu autorização
na União Europeia esta
semana, após uma permissão de uso emergencial nos EUA.
O
peso da Aspen pode ajudar um continente que antes tinha uma capacidade limitada
de fabricação de vacinas e aliviar algumas preocupações de que os países mais
pobres pudessem ficar sem suprimentos devido à enorme demanda dos mais ricos.
A
África do Sul está “em uma ótima posição como país em relação à compra de
vacinas por causa do que a Aspen pode oferecer”, disse Saad.
A
empresa, que na quinta-feira disse planejar a retomada do pagamento de
dividendos após uma pausa de dois anos imposta pelos níveis de endividamento,
agora está em posição de fazer aquisições.
Qualquer
compra seria “aditiva em vez de transformadora”, disse Saad. A Aspen irá olhar
para os países ou áreas de negócios em que já opera, incluindo a compra de
produtos estéreis, usados principalmente em hospitais, ou em vacinas, disse
ele.
Exame