Um documento assinado pela Fundação Butantan e a Secretaria Estadual da Saúde do Ceará (Sesa) acorda o fornecimento de 2 milhões de doses da Coronavac, vacina contra a Covid-19, para chegada ao Estado ainda em janeiro de 2021.O acordo foi firmado na terça-feira (22).
Na
parceria, ambas as partes concordam em ter uma quantidade disponível do
imunizante a partir de janeiro, com probabilidade de
entregas adicionais em fevereiro e um maior volume a partir de maio. O
custo das doses não consta no documento.
Nesta
semana, o Instituto Butantan anunciou que foi concluída a terceira e última
fase de testes clínicos da vacina CoronaVac. A instituição deverá fazer os
pedidos de uso emergencial e de registro definitivo da vacina na Agência
Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
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Ceará
pode fazer acordos com outras instituições
No
documento assinado entre Sesa e Butantan, as instituições deixam expresso que a
assinatura do documento não impede os direitos das mesmas formalizarem esse
tipo de negociação com outros órgãos. Portanto, o Governo do Ceará pode
adquirir doses de outra instituição produtora de vacina.
Segundo
o documento, os ensaios clínicos da vacina do laboratório Sinovac Biotech,
realizados no Butantan, mostram resultados promissores na fase 3, e a
prioridade é prestigiar o Programa Nacional de Imunização do Sistema Único de
Saúde (SUS).
Os governadores do Ceará, Camilo Santana
(PT), e de São Paulo, João Doria (PSDB), se reuniram no dia 15 de dezembro
para discutir a produção da vacina contra a Covid-19 do Butantan. O presidente
do Instituto, Dimas Covas, também participou do encontro. Camilo defendeu que o
imunizante fosse incluído no Plano Nacional de Imunização (PNI), do Governo
Federal.
De
acordo com o memorando, o Butantan e a Sesa devem trabalhar juntos para
concluir um contrato de compra e venda que contenha os termos e condições para
a aquisição, fornecimento e distribuição das vacinas. Outras
parcerias podem ser celebrados por ambas as partes, como, por exemplo, a compra
de outras vacinas.
O
documento considera que a posse de uma vacina permitirá melhoria substancial
aos cuidados de vida e saúde dos brasileiros, além de possibilitar o pleno
restabelecimento das atividades econômicas e sociais do país.
Vacinação
o mais rápido possível
Segundo
Camilo, a expectativa é que o Brasil tenha cerca de 300 milhões de doses
disponíveis em 2021 – 15 milhões até o dia 15 de janeiro. O governador indicou
disposição de adquirir mais de um tipo de imunizante para o Ceará, desde que
esteja registrado e aprovado de forma definitiva ou emergencial.
"O
Governo do Ceará e a Secretaria da Saúde do Estado acreditam que, quanto mais
cedo a vacinação acontecer, melhor para a população cearense. Por isso, a Sesa
apoiará todas as iniciativas que apresentarem vacinas disponíveis para aplicação
o mais rápido possível. Quanto mais cedo, melhor. A Sesa tem trabalhado para
garantir a vacinação de forma rápida e segura", afirmou o secretário da
Saúde do Ceará, Carlos Roberto Martins Rodrigues Sobrinho, Dr. Cabeto.
Diário do Nordeste