sexta-feira, 2 de outubro de 2020

Época mais quente: saiba como prevenir a desidratação e aliviar o calor

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Com a chegada de outubro, inicia-se a época mais quente do ano no Ceará. Segundo a Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), as temperaturas elevadas, acima dos 30ºC, se tornam mais comum nesse período. Além disso, o sol está mais presente, com dias de céu mais claro e poucas nuvens. Esse cenário, conforme a Fundação, contribui para a baixa umidade relativa do ar, que preocupa pelo agravamento de riscos para a saúde. 

No Ceará, a umidade relativa do ar pode ser reduzida para 20% e 30% durante o mês de outubro, que integra o chamado B-R-O Bró. Esse período mais quente do ano, principalmente em áreas mais distantes do oceano, como o Interior do Estado, registra índices preocupantes de umidade relativa, se comparado com o nível ideal apontado pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Conforme a Organização, valores abaixo de 60% podem trazer riscos, principalmente de desconfortos respiratórios.

Com o ar mais seco e a temperatura mais quente, é possível perceber outros desconfortos, como a irritação nas mucosas do nariz e da boca, provocados pela desidratação. Segundo o nutricionista esportivo e funcional Marcelo Felipe, outros sintomas da desidratação são o cansaço, a dor de cabeça, tontura, pele ressecada, e o aumento da fome. Para evitar os desconfortos, é necessário aumentar a presença da água no ambiente, uma dica é utilizar umidificadores ou recipientes com água distribuídos pela casa. Além disso, utilizar roupas mais frouxas e de tecido mais leve.

Consumo de água deve ser distribuído ao longo do dia

 

Manter-se hidratado é fundamental. A água é uma aliada para amenizar os efeitos da temperatura elevada sobre o corpo. Para diminuir o calor, uma dica do nutricionista é o consumo de líquidos gelados, priorizando sempre a água em relação aos sucos e os chás. “A gente faz um cálculo de 30 ml a 35 ml por kg, para saber as necessidades hídricas do paciente. Vai depender do peso, das atividades que o paciente faz, se ele está em ambiente mais quente”, comenta Marcelo. Geralmente, esse cálculo fica entre dois a quatro litros por dia.

A recomendação, contudo, é evitar consumir mais que 1 litro de líquidos que não sejam água, como os chás e sucos. “A gente prefere mesmo a água gelada, porque ela melhora mais essa sede. Os sucos, cafés ou chás são falsos hidratadores”, explica Marcelo, lembrando que o suco deve ser consumido sem açúcar. Para manter a hidratação, eles devem ser ingeridos de forma distribuída ao longo do dia, alternando entre as refeições. Uma dica do nutricionista é manter sempre uma garrafa com água por perto, ou usar aplicativos que possam lembrar que é hora de se hidratar.

Uma forma de identificar sinais de que o corpo está bem hidratado ou não, é conferir a frequência com que a pessoa vai até o banheiro urinar. Segundo o nutricionista, o ideal é ir pelo menos cinco vezes ao dia, de forma bem distribuída. Se a urina apresentar cor escura ou odor forte, é um sinal de que ela precisa consumir mais líquidos. “A água vai fazer essa limpeza profunda no nosso corpo, eliminando as toxinas produzidas ou que foram adquiridas em alimentos ou pela poluição no ar”, detalha Marcelo.

Aliada na dieta

 

Para quem está em dieta, na tentativa de controlar o peso, a hidratação é uma aliada, segundo o nutricionista Marcelo Felipe. O aumento da ingestão de líquidos pode ajudar a controlar a fome. “Meus pacientes que tomam mais água têm um controle maior da fome. Eles se hidratam entre uma refeição e outra, porque ajuda nessa questão, de o paciente não trocar a água pela comida. Se ele está desidratado, ele vai atrás da comida”, explica Marcelo.

Outros benefícios são a diminuição do ressecamento das mucosas do corpo, a melhora das alergias e da retenção de líquidos, que provocam inchaços no corpo. Além da prevenção de cálculo renal, estímulos para o bom funcionamento dos rins, a melhora da lubrificação das articulações e da circulação do sangue.

Água saborizada é estratégia 

 

No caso de crianças e, principalmente, idosos, que possuem mais dificuldade com o consumo da água em relação às outras faixas etárias, uma estratégia para se manter hidratado é o consumo de alimentos ricos em líquidos, como mamão, abacaxi, laranja e melão, por exemplo. Uma outra estratégia é dar sabor a água, acrescentando folhas de hortelã, pau de canela ou gengibre, que estão entre as receitas mais comuns.

Frutas também costumam ser adicionadas para dar sabor ao líquido. A laranja é uma das indicadas pelo nutricionista Marcelo Felipe. “Vai depender se o paciente tem alguma coisa gástrica ou problema de pressão”, complementa. “Mas o limão, o gengibre, a canela e o hortelã são os que a gente mais orienta colocar, porque não mexeria na caloria do dia a dia, e facilitaria o gosto”.


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