Supermercados
de Fortaleza já começaram a limitar a venda de produtos cujos preços estão
altos devido à baixa oferta está no Brasil, em razão da valorização do dólar
frente ao real, que tem estimulado as exportações de itens essenciais da cesta
básica. No Carrefour da avenida Barão de Studart, no bairro Joaquim Távora, o
cliente só pode comprar até 10 Kg de arroz, uma das mercadorias que mais
subiram no último mês.
A
venda de feijão (cinco unidades), óleo de soja (cinco unidades) e leite longa
vida (24 unidades) também está sendo controlada na loja. Em avisos localizados
nas gôndolas, a empresa diz que a limitação é para que todos os clientes
aproveitem a oferta dos produtos. O arroz em promoção, por exemplo, custa R$
4,49. Já no Cometa da avenida Oliveira Paiva, no bairro Cidades dos
Funcionários, a limitação vale para o arroz (dez unidades) e óleo de soja (três
unidades).
Nessa
quarta-feira, 9, em entrevista à coluna, o presidente da Associação Cearense de
Supermercados (Acesu), Gerardo Vieira, garantiu que não vai faltar arroz nas
prateleiras das lojas do Estado. Quanto à possível limitação da venda da
mercadoria, Gerardo disse que provavelmente isso não aconteceria no mercado
local.
Porém, chamou atenção para os "espertalhões", que,
de acordo com ele, são pequenos comerciantes que se aproveitam de preços abaixo
do custo para ganhar mais com a revenda dos produtos. "É claro que se, no
meu supermercado, o arroz estiver mais em conta de acordo com o encarte da
semana, não vamos deixar que esses especuladores comprem um fardo de uma só
vez, por exemplo, até porque somos varejistas, e não atacadistas",
afirmou.
A VOZ DE SANTA QUITÉRIA