A
Secretaria da Saúde do Estado (Sesa) divulgou, no dia 10 de setembro, os dados
referentes à 36ª semana epidemiológica de 2020 mostrando que, até o início de
setembro deste ano, foram confirmados 17.108 pacientes no Ceará com a doença
transmitida pelo Aedes aegypt: aumento de 21,9% em relação ao igual período do
ano passado, quando foram 14.033 casos. Especialistas alertam que as medidas de
prevenção à dengue devem ser mantidas. Nove mortes pela doença foram registradas
neste ano.
Roberta
de Paula Oliveira, coordenadora de Vigilância Ambiental e em Saúde dos
Trabalhadores pela Sesa, explica que a variação dos números está dentro do
esperado, mas o crescimento também está relacionado com o clima e com a
pandemia. “Quando a gente coloca a curva nas médias móveis, a gente ficou numa
situação não epidêmica. Houve um pequeno aumento por conta que teve muitas
chuvas e a questão da Covid, que atrapalhou um pouco o trabalho dos agentes”,
pondera.
O
Cariri, formado por municípios como Juazeiro, Crato e Barbalha, teve o maior
aumento percentual (109,3%) de paciente entre os períodos, com 3.426 casos no
ano passado e 7.172 registros em 2020. O Crato, onde 1.300 pessoas tiveram a
doença, foi o município mais afetado da região.
Na
Região Norte, formada por municípios como Sobral, a doença atingiu 258 pessoas
no ano passado e 504 pacientes neste ano: um aumento de 95,3%. A cidade de
Ipaporanga abrigou mais da metade dos casos da região (291).
Ao
todo, foram 173 casos de dengue com sinais de alarme, a maioria (87)
registrados na capital. Também foram notificados 16 casos de dengue grave em
que nove foram à óbito, em Fortaleza (5), Barbalha, Juazeiro do Norte, Missão
Velha e Quixeramobim, com uma morte em cada. Os pacientes tinham idade entre
quatro meses e 69 anos.
Diário do Nordeste