Uma
parceria do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), Bio-Manguinhos
(unidade da Fiocruz) e Diklatex permitiu o desenvolvimento de um tecido que
pode neutralizar o novo coronavírus. Testes preliminares foram realizados no
início de junho e demonstraram que as amostras do tecido foram capazes de
inativar mais de 99,9% das partículas virais respiratórias do sarampo e da
caxumba. Em seguida, após testar positivamente para os dois vírus, os
pesquisadores confirmaram a mesma eficácia para a covid-19.
De
acordo com informações da Confederação Nacional da Indústria (CNI), a
Bio-Manguinhos, em parceria com o Centro de Tecnologia da Indústria Química e
Têxtil (Senai CETIQT) e Diklatex, está avaliando experimentalmente a ação
desses tecidos antivirais para a produção de máscaras e aventais. De acordo com
a chefe do Laboratório de Tecnologia Virológica (Latev), Sheila Maria Barbosa
de Lima, um dos tecidos avaliados foi capaz de inativar 99,9% das partículas
virais do novo coronavírus após um minuto de contato do vírus com o material.
Para
o diretor-geral do Senai, Rafael Lucchesi, o resultado da parceria demonstra
que "a inovação é decisiva para o Brasil enfrentar as consequências do
novo coronavírus e também será essencial no pós-pandemia, quando o País terá o
desafio de repensar a atividade produtiva para que seja mais forte e
competitivo diante das oportunidades que vão surgir".
A VOZ DE SANTA QUITÉRIA