quarta-feira, 15 de julho de 2020

Ceará apresenta queda da média diária de óbitos

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Há sete semanas, a média diária de óbitos em decorrência da Covid-19 por Semana Epidemiológica (SE) apresenta queda no Ceará. Com cenário heterogêneo, essa curva se diferencia nas diferentes macrorregiões do Estado. A média da SE 28 (4 a 11 de julho) foi de 36 óbitos. A tendência de foi registrada após pico de 140 mortes por dia, em média, na SE 21. A redução é puxada por Fortaleza, que apresenta situação mais estável, com oito semanas de redução. Sertão Central ainda apresenta crescimento e as demais apresentam redução considerada não consistente. Risco de aumento de indicadores ainda pode ser registrado, conforme especialistas.

A macrorregião de Sobral, na Região Norte, apresenta cinco semanas com diminuição da média diária de mortes. No caso do Litoral Leste/Jaguaribe e Cariri, foi observada apenas uma semana de queda. As informações são da Secretaria Estadual da Saúde (Sesa). Conforme com Magda Moura de Almeida, secretária executiva de Vigilância e Regulação da Sesa, "se esse cenário continuar progredindo nessa velocidade" no Sertão Central, é possível que o Governo faça recomendações ou institua medidas mais rígidas para a região. "A situação de Fortaleza é um pouco mais confortável com queda progressiva de casos e óbitos. Região Norte começou a reduzir, mais ainda precisa continuar a queda para confirmar a tendência", explica.

Roberto da Justa, infectologista do Hospital São José e professor da Universidade Federal do Ceará (UFC), alerta que, no Interior, o vírus ainda circula muito e há muitas pessoas suscetíveis. O que indica que as medidas de isolamento devem ser mantidas.

"Eu diria que ainda há um risco de segunda onda. Não se sabe exatamente quantas pessoas já foram infectadas. As informações se originam de estudos utilizando métodos sorológicos. A informação pode não ser muito precisa. Há risco se houver muitas pessoas suscetíveis. Tudo indica que a imunidade não seja duradoura. Ainda podemos ser surpreendidos com surtos ou uma nova onda. Só uma vacina em massa pode mudar o cenário de incerteza", avalia o médico, integrante do Coletivo Rebento - Médicos e Médicas em Defesa da Ética, da Ciência e do SUS.

"A tendência mais evidente ainda é a do não estabelecimento de controle epidêmico no interior do estado", analisa Fabrício de Maicy, infectologista do Hospital São José e integrantes do Coletivo Rebento. Ele ressalta a desigualdade econômica como fator que influenciam na "diferença da letalidade como consequência da menor assistência à saúde, maior exposição a riscos e menor capacidade de distanciamento com suporte para a sobrevivência".

O Ceará registra 139.437 casos de Covid-19 e 6.977 mortes pela doença, conforme atualização às 10h25 min de ontem, 14, da plataforma IntegraSUS, da Sesa. Foram 2.223 casos e 2 mortes a mais que o registrado na segunda-feira.


O POVO

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