quarta-feira, 15 de julho de 2020

PF e CGU cumprem mandados em ação que investiga fraudes de R$ 17 milhões em recursos da educação em Juazeiro do Norte

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A Polícia Federal e a Controladoria Geral da União (CGU) realizam três operações conjuntas, na manhã desta quarta-feira (15), com o objetivo de investigar irregularidades na atuação de três grupos criminosos que atuaram em licitações realizadas pela Secretaria de Educação de Juazeiro do Norte Ceará, interior do estado. Conforme as investigações, o esquema movimentou cerca de R$ 17,9 milhões em contratos entre os anos de 2018 e 2019.

Segundo as investigações, os grupos estão interligados, sendo compostos por servidores públicos e empresários que burlaram processos licitatórios a partir do direcionamento de compras superfaturadas de kits de livros didáticos e paradidáticos. Além disso, os envolvidos teriam implantado solução 'gameficada' de matemática para a rede pública do município.

Mais de 120 policiais federais e auditores da CGU participam das operações no cumprimento de 31 mandados de busca e apreensão no Ceará e nos estados de São Paulo e Pará.

As ordens judiciais foram expedidas pela Justiça Federal do Ceará, em três inquéritos policiais distintos, e estão sendo cumpridas em caráter concomitante para a intercomunicação das investigações. Também foi determinado o bloqueio de valores e bens dos principais envolvidos para recomposição do dano ao erário.

Operações
A "Operação Quadro Negro" investiga fraude em licitação por meio da qual foram contratadas duas empresas de fachada para o fornecimento de kits de livros paradidáticos destinados aos alunos da rede pública municipal de ensino. Conforme a PF, o custo foi de R$ 9.403.347,49 milhões com recursos provenientes do FUNDEB.

Em outra ação, também realizada nesta quarta, nomeada de "Fruto de Espinho", os policiais apuram esquema que beneficiou uma empresa que recebeu o repasse de R$ 6.297 milhões, por meio de dois processos de inexigibilidade de licitação. Indícios apontam o favorecimento de agentes políticos e, ainda, manobras com vistas à lavagem de dinheiro.

Já a operação "Beremiz" investiga a compra direta, também por inexigibilidade de licitação, de livros paradidáticos de matemática, denominados com aplicativo digital, ao valor individual de R$ 290, cujos indícios apontam para o direcionamento de contratação do produto superfaturado, no valor global de R$ 2,233 milhões, fornecido por uma startup, com sede no estado do Pará.

Os investigados responderão, de acordo com o nível de participação, pelos crimes de lavagem de dinheiro, inexigibilidade de licitação fora das hipóteses legais e fraude à licitação pública.


G1 CEARÁ

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