Acredita-se
que casos graves de Covid-19 são desencadeados por uma hiper reação do sistema
imunológico, conhecida como tempestade de citocina, e pesquisadores estão
investigando se remédios que suprimem certos elementos do sistema imunológico
podem desempenhar um papel na contenção de uma escalada rápida dos sintomas.
O
Namilumab, um anticorpo monoclonal da Izana Bioscience já nas fases finais de
testes para tratamento de artrite reumatoide e uma doença inflamatórias
conhecida como espondilite anquilosante, é o primeiro de quatro candidato do
teste Catalyst.
Ele
visa a uma citocina chamada GM-CSF, que se acredita que, em níveis
descontrolados, é um catalisador essencial da inflamação pulmonar excessiva e
perigosa vista em pacientes com Covid-19.
O
remédio já está sendo testado como terapia para Covid-19 na Itália.
O
segundo medicamento, Infliximab (CT-P13), desenvolvido pela Celltrion
Healthcare UK, sediada na cidade inglesa de Slough, é uma terapia de fator de
necrose tumoral alfa (TNF) usada para tratar oito doenças autoimunes, como a
artrite reumatoide e a síndrome do intestino irritável.
Ben
Fisher, investigador de testes coclínicos da Universidade de Birmingham, disse:
“Indícios emergentes estão demonstrando um papel crítico de anti-inflamatórios
na tempestade de citocina associada à infecção grave de Covid-19”.
“No
estudo Catalyst, esperamos mostrar, com uma única dose destes tipos de remédios
em pacientes hospitalizados, que conseguimos adiar ou evitar a deterioração
rápida para o tratamento intensivo e a exigência de ventilação invasiva neste
grupo crítico de pacientes.”
Entre
os outros remédios para doenças autoimunes que estão sendo estudados devido à
sua capacidade de conter a tempestade de citocina em testes estão o Regeneron,
o Kevzara da Sanofi, o Actemra da Roche e o otilimab da Morphosys e da
GlaxoSmithKline.
A
japonesa Takeda tem uma participação acionária estratégica na Izana.
Fonte:
Exame