Curva
epidemiológica do coronavírus em Fortaleza mantém tendência de redução. O
cenário, entretanto, ainda exige cautela. É o que aponta boletim da Secretaria
Municipal de Saúde de Fortaleza (SMS) divulgado ontem, 3. Médias diárias de
casos e óbitos por coronavírus na Capital mantiveram tendência de redução, mas
dependem diretamente dos efeitos das medidas de isolamento ainda em vigor. Tal
desaceleração precisa se manter pelo menos até o dia 19 de junho para que seja
possível afirmar que Fortaleza está reduzindo efetivamente a circulação do
vírus no município e que, portanto, o pico da pandemia na Cidade já teria sido
superado.
Ainda
não é possível afirmar que tal redução vá se manter. A entidade se
refere à redução como um indício "preliminar". A redução pela
busca por atendimento em hospitais e Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) da
rede municipal em decorrência de sintomas de Covid-19 é um dos principais
indicadores de que a taxa de contágio em Fortaleza tem reduzido.
O
Ceará soma 57.994 registros de casos do novo coronavírus e 3.666 mortes em
decorrência da doença. Conforme atualização de ontem, às 22h50min, da
plataforma IntegraSUS, da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa). Do total de
óbitos registrado no sistema, 23 mortes pela Covid-19 ocorreram nas últimas 24
horas. Fortaleza é o município com o maior número de confirmações da patologia,
com 26.149 casos confirmados e 2.343 mortes.
Conforme
levantamento da SMS, o distanciamento social e as medidas extras de
higiene e proteção precisam persistir por mais tempo para que a redução dos
efeitos da pandemia na Capital possam se consolidar.
A
demanda por internamentos de pacientes com coronavírus também
reduziu. Nesta terça-feira, 28 leitos — sejam Unidades de Terapia
Intensiva (UTI) ou enfermaria —, foram demandados em decorrência de suspeita de
coronavírus na rede municipal. Realidade bem diferente do dia 14 de maio, quando
foram solicitados 135 internações devido a nova doença. Apesar da queda, os
índices ainda são instáveis. No dia 1º, houve 38 pedidos de internação por
Covid-19 na rede municipal, um dia antes foram 34 e no dia 31 de maio haviam
sido 30.
As
estatísticas levam em conta a média diária de casos registrados a cada semana,
num período chamado de semana epidemiológica (SE). No informe da SMS, as
maiores médias da doença em Fortaleza foram registradas entre as semanas
do dia 19 de abril a 9 de maio e do 3 a 30 de maio. Neste primeiro intervalo, a
média diária de casos chegou ao máximo já registrado — com 668 novos
casos por dia. Já entre 3 e 30 de maio, foi alcançada a maior média
de mortos por dia durante uma semana, com 75 óbitos diários.
O POVO