O
acordo prevê a produção de 100 milhões de doses de vacina por meio da aquisição
de insumos e transferência de tecnologia para produção no país.
Caso
seja comprovada a eficácia deste tratamento, dois lotes, de 15,2 milhões de
unidades cada, serão disponibilizados em dezembro de 2020 e janeiro de 2021,
totalizando cerca de 30 milhões de doses, ao custo de US$ 127 milhões. Os
primeiros lotes serão destinados aos grupos de risco, como idosos e pessoas com
comorbidades, além de profissionais de saúde e trabalhadores da segurança
pública.
O
Brasil poderá ainda contar com mais 70 milhões de doses, por cerca de US$ 160
milhões.
Em
entrevista coletiva em Brasília, o secretário executivo do Ministério da Saúde,
Élcio Franco, justificou a opção por assumir o risco da pesquisa, mesmo sem a
comprovação da eficácia do medicamento. “O risco é necessário devido à urgência
de busca de solução efetiva para as demandas de saúde pública. Consideramos um
avanço para a tecnologia nacional e uma amostra do esforço do governo de
encontrar soluções para a população brasileira."
O
secretário de Vigilância em Saúde, Arnaldo de Medeiros, destacou a situação
promissora deste tratamento. “A vacina já está na fase 3, em fase clínica. O
Brasil é representante do conjunto de nações que estão testando a vacina. A
gente tem uma oportunidade de produzirmos e avançarmos com a oferta desta
parceria e encomenda tecnológica. É óbvio que toda e qualquer entrega à
população será feita com respeito aos critérios farmacológicos e clínicos e da
segurança à população”, declarou.
Caso
não seja comprovada a eficácia, o secretário de Vigilância em Saúde informou
que não haverá aplicação da vacina, mas que permanece a transferência de
tecnologia prevista no acordo para continuar avaliando soluções de tratamento.
De
acordo com o Ministério da Saúde, há 460 projetos de pesquisa aprovados sobre
diferentes aspectos relacionados à covid-19, de tratamentos ao entendimento da
doença. Há também 114 ensaios clínicos e 44.262 participantes dessas
iniciativas.
Teste
Os
testes da vacina ChAdOx1 nCoV-19 no Brasil foram anunciados no início do mês e
deverão contar, de acordo com a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp),
com 2 mil voluntários em São Paulo e com 1 mil no Rio de Janeiro, onde serão
realizados pela Rede D'Or.
Agência Brasil