O
Governo Federal aprofunda os estudos para mudar a nomenclatura do Bolsa Família
para chamá-lo de Renda Brasil e, com a cara nova, aumentar, de forma
expressiva, o número de beneficiados. Aliados de Bolsonaro no Ceará falam nos
bastidores que a nova versão, denominada Renda Brasil, pode chegar, em um ano,
ao dobro do número de beneficiários. Hoje, são 950.000 beneficiados com o Bolsa
Família. Já imaginou mais 500.000 nesse bloco?
A
projeção de aumentar o número de inscritos no sucessor do Bolsa Família, ou
seja, no Renda Brasil, que incluiria, também, beneficiários de outros programas
sociais, pode ser interpretada como ilusão ou um sonho distante da realidade,
principalmente, após o rombo a ser herdado nas contas públicas com a pandemia
do coronavírus.
Os
números do auxílio emergencial falam bem alto e, se, no mês de outubro, o
Governo Federal mantiver, para desempregados, trabalhadores informais e
beneficiários do Bolsa Família, a ajuda de R$ 300,00 – valor da última parcela,
pelos cálculos do Ministério da Economia, estará dando uma boa injeção nas
atividades econômicas, fazendo a alegria de milhões de pessoas e proporcionando
um Natal mais feliz para quem sofre com a pandemia do coronavírus.
O
Governo Federal calcula que, com o auxílio emergencial, que fica encerrado em
junho, a União está bancando uma conta de R$ 150 bilhões para ajudar 64 milhões
de brasileiros. Claro, parte desses brasileiros poderá estar de volta ao
mercado de trabalho em um período de seis a 10 meses, mas, mesmo assim, antes
de conquistar a carteira assinada, um contingente gigantesco de pessoas
continuará precisando da ajuda do poder público. E, nesse caso, o governo (federal)
não pode, nem deve se furtar de estender a mão.
A VOZ DE SANTA QUITÉRIA