Foto: Fabiane de Paula |
O
SIMOP leva em conta os casos confirmados, o nível de testagem, a taxa de
ocupação de leitos e UTIs e também o impacto de subnotificações e de casos
assintomáticos.
A
velocidade de contágio da Capital também diminuiu. Segundo o pesquisador
responsável pela pesquisa, André de Almeida, professor Departamento de Engenharia
de Teleinformática da UFC, as projeções consideram que a Capital atingiu o
platô de casos no final de maio. Ou seja, a curva atingiu um pico contínuo e,
se continuar assim, será possível registrar uma queda no número de novos casos
neste mês de junho. Os dados podem variar conforme a adesão ou não ao
isolamento social pela população.
"Acreditamos
que a velocidade de novos casos tem apresentado uma redução, o que indica que a
curva de infectados deve cair na Capital cearense neste mês", afirma. O
pesquisador desenvolveu o Sistema de Monitoramento Preditivo (SIMOP), modelo
matemático inovador que acompanha a evolução da COVID-19 na Capital cearense.
Almeida integra um grupo de trabalho composto por docentes do Centro de
Tecnologia da UFC e pelo Observatório da Indústria, da Federação das Indústrias
do Estado do Ceará (FIEC).
A
quantidade de pacientes nos hospitais também pode diminuir no decorrer do mês
de junho, de acordo com os cálculos do SIMOP. É previsto que a taxa de ocupação
de leitos de UTI e enfermaria caia de 90% para 65% até o dia 24 de junho em
Fortaleza. O pesquisador aponta que a fase de sobrecarga maior do sistema
hospitalar já passou. Apesar disso, ele não descarta a possibilidade de uma
nova onda de contágio que possa encher hospitais novamente.
Diário do Nordeste