“A
HCQ [hidroxicloroquina] será usada como profilático para ajudar a defender
enfermeiros, médicos e profissionais de saúde do Brasil contra o vírus. Ela também
será utilizada no tratamento de brasileiros infectados”, diz a nota.
O
ministério também anunciou um esforço de pesquisa conjunto entre Brasil e
Estados Unidos que incluirá testes clínicos controlados randomizados, para
avaliar a segurança e eficácia da droga, tanto para a profilaxia quanto para o
tratamento precoce do novo coronavírus. O desenvolvimento de uma vacina também
será objeto desse esforço entre os dois países, conforme ressaltou o ministro
das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, no Twitter.
“Tendo
o presidente [Jair] Bolsonaro e o presidente [Donald] Trump conversado duas
vezes desde março, os dois países estão bem posicionados para continuar seu
trabalho conjunto no enfrentamento da pandemia do coronavírus, bem como em
outros assuntos de importância estratégica”, finalizou o Itamaraty.
OMS
Na
semana passada, a Organização Mundial da Saúde (OMS) suspendeu os testes com a hidroxicloroquina em pacientes
com covid-19 por questões de segurança. Anteriormente, a OMS já havia se
manifestado contra o uso do medicamento contra a covid-19. Originalmente, a
droga é indicada para o tratamento de doenças como malária, lúpus e artrite.
Apesar
de ser defendida pelos presidentes Bolsonaro e Trump como um possível
tratamento para covid-19, segundo a OMS, ainda não há evidências científicas
que comprovem o benefício da cloroquina, e seu derivado hidroxicloroquina,
contra a doença causada pelo novo coronavírus.
Ainda
assim, o governo brasileiro incluiu os medicamentos no protocolo de tratamento para pacientes com sintomas leves de covid-19,
mas alertou que eles podem causar efeitos colaterais como redução dos glóbulos
brancos, disfunção do fígado, disfunção cardíaca e arritmias e alterações
visuais por danos na retina. Cabe ao médico a decisão sobre prescrever ou não a
substância, sendo necessária também a vontade declarada do paciente, com a
assinatura do Termo de Ciência e Consentimento.
Agência Brasil