Há anos, o FaceApp está cercado de polêmicas. O app é acusado de
“roubar” dados por conta da política de privacidade. Ele já foi investigado nos
Estados Unidos pelo FBI (o Departamento Federal de Investigação) em 2019, o que
fez com que Apple e Google recebessem multas no Procon e foi chamado de racista
por branquear fotos de pessoas negras.
Apesar de não ser possível ter uma única interpretação do termos de uso,
a política de privacidade, atualizada dia 04/06, pode dar a Wireless Lab,
empresa russa responsável pela plataforma, a possibilidade de coletar dados dos
usuários como fotos, informações de redes sociais, modelo de celular, sites que
foram visitados etc. A Wireless Lab afirma que as informações são usadas para
melhorar a plataforma, direcionar anúncios e para prevenir fraudes.
Ao usar o app, os usuários dão à empresa o direito para que use fotos do
usuário para fins publicitários, sem pedir autorização. Outra polêmica dos
termos é dar à empresa a possibilidade de “processar, armazenar e transferir
suas informações para outros países”, sem dar mais detalhes.
Para o processamento e edição de fotos, a empresa afirma que usa
armanezamento de nuvem terceirizados, o Google Cloud Platform e a Amazon Web
Services, e garante que usa apenas fotos que o usuário escolhe e que elas ficam
“na nuvem” por um período de 24 a 48 horas, caso sejam necessárias mudanças dos
usuários.
De acordo com a empresa, o aplicativo não compartilha informações com
terceiros e que as fotos são usadas apenas para o propósito do aplicativo.
VEJA
/ SÃO PAULO