Depois
das cenas de dezenas de viaturas paradas nos pátios dos quartéis por falta de
combustível, a Polícia Militar do Ceará teve que devolver às locadoras, dezenas
de veículos que eram utilizados como patrulhas do Policiamento Ostensivo Geral
(POG) em Fortaleza e Região Metropolitana (RMF). O motivo da devolução dos
carros não foi oficialmente revelado. Parte da tropa ficou a pé. Diante disso,
o governo decidiu comprar novos veículos para recompor a frota da corporação.
Por
conta do recolhimento das viaturas alugadas, fato que causou mais redução no
policiamento nas ruas na Grande Fortaleza e também em algumas cidades do
Interior, a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social publicou nesta
quinta-feira (28), documento abrindo o pregão eletrônico de número
20200008/SSPDS para a compra de novos veículos. A licitação, na
modalidade pregão, para registro de preço, será na forma eletrônica. Nesta
sexta-feira (29) estará aberto o prazo para o acolhimento de propostas.
O
governo deve adquirir nesta licitação o total de 1.328 “veículos
operacionais para o atendimento das necessidades do Sistema de Segurança
Pública do Estado do Ceará”. No próximo dia 10 de junho acontecerão,
simultaneamente, a abertura das propostas e o início da sessão de disputa de
preços.
Além
da PM, deverão também receber novas viaturas o Corpo de Bombeiros Militar
(CBM), Secretaria da Administração Penitenciária (SAP), Departamento Estadual
de Trânsito (Detran), a própria SSPDS, Polícia Civil, Perícia Forense do
Ceará(Pefoce) e a Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos da Segurança
Pública e do Sistema Penitenciário (CGD).
Alugadas
Em
junho de 2018, a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS)
anunciou que iria adotar o sistema de alugar e não mais comprar viaturas.
Um lote de 466 viaturas, sendo 200 Jeeps modelo Renegade e mais 266
Duster (Renault) seria incorporado à frota oficial. O secretário da Segurança,
André Costa, afirmou na Imprensa que os veículos integrariam uma nova
experiência adotada pelo Governo do Estado na locação de viaturas, que iria
garantir que não faltariam veículos nas ruas em casos de problemas
mecânicos.
“Além
da redução nos custos de manutenção que vínhamos tendo com nossa frota, o
contrato prevê que a viatura seja substituída em até 24 horas pela empresa
licitada, em caso de colisão ou outras adversidades”, ressaltou Costa em uma
solenidade.
No
começo desta semana, policiais militares de diversas unidades da PM denunciaram
nas redes sociais terem sido surpreendidos com a retirada repentina dos
veículos, que foram recolhidos pelas locadoras, o que deixou boa parte da tropa
da Corporação literalmente à pé.