Para
a realização do estudo, 127 pacientes, com idade média de 52 anos, foram
separados em dois grupos. O primeiro, com 86 pessoas, recebeu o coquetel
completo e, em média, sete dias após o início do tratamento teve a proliferação
do vírus reduzida, enquanto o segundo grupo, de controle, era integrado por 41
pessoas, tratadas apenas com o lopinavir–ritonavir. A redução do vírus no
segundo caso foi mais demorada, de doze dias.
A
combinação tripla também trouxe bons resultados no tempo de alta dos pacientes:
o primeiro grupo foi liberado em nove dias, e o segundo, em até 14,5. Quando
tratados com o coquetel, os sintomas também desepareceram mais rápido e em
quatro dias as pessoas já viam uma melhora em seus casos. Quem usou o
lopinavir–ritonavir, sozinho, viu o período para o desaparecimento dos sintomas
dobrar.
Uma
fase “três” da pesquisa ainda será realizada, segundo os pesquisadores. “Uma
próxima fase com interferon beta-1b e um terceiro grupo de placebo deve ser
considerada, porque as comparações entre os subgrupos apontaram que o
interferon beta-1b é um componente chave no nosso tratamento por combinação. A
falta de pacientes em estado grave não permitiu a generalização das descobertas
para casos mais graves”, explica o estudo.
Nos
casos mais graves, pesquisadores de Nova York descobriram que anticoagulantes podem
melhorar as chances de sobrevivência dos infectados.
O
estudo, do tipo clínico randomizado (quando os participantes são aleatoriamente
distribuídos em dois ou mais grupos de intervenções), foi feito diretamente com
humanos e tem alta credibilidade na comunidade científica.
Exame